Definição e caracterização dos Estuários do Tejo e do Sado:
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– Estuário: forma de acumulação que surge da acção conjunta dos rios e do oceano. esta designação surge quando a foz do rio se mantêm livre de aluviões por acção das correntes litorais;
– Estuários do Tejo e Sado: representam as maiores reentrâncias do litoral português, sendo áreas portuárias com condições de localização excepcionais, protegidas dos ventos e ondulações próprias do mar.
Categoria: Apontamentos
Geografia 10º Ano – Lido de Faro (Ria Formosa)
Definição e caracterização do Lido de Faro (Ria Formosa):
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– Lido ou cordões litorais: estreitas faixas arenosas geralmente paralelas à linha de costa;
– Lido de Faro (Ria Formosa): constitui um sistema lagunar de grande extensão, com aproximadamente 60km, limitado por um cordão de areia., formado pela acumulação de sedimentos, transportados por correntes marítimas que se deslocam de oeste para este. Da deposição desses sedimentos resultou a construção de uma série de ilhas-barreiras e cordões arenosos que se desenvolvem paralelamente à costae que separam o mar da zona lagunar;
– Devido aos variados ecossistemas, foi criado o Parque Natural da Ria Formosa.
Geografia 10º Ano – Tômbolo de Peniche
Definição e caracterização do Tômbolo de Peniche:
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– Tômbolo: faixa arenosa que liga uma ilha à parte continental que se encontra mais próxima;
– Tômbolo de Peniche: resulta da acumulação de sedimentos marinhos, devido à perda de energia de correntes marítimas, no transporte de sedimentos. Da deposição de sedimentos surgiu um Istmo (Tômbolo), acabando por ligar uma antiga ilha ao território nacional.
Geografia 10º Ano – Haff-delta de Aveiro
Definição e caracterização do Haff-delta de Aveiro:
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– Haff: forma de acumulação resultante do avanço de uma flexa litoral diante de uma baía;
– Delta: forma de acumulação de que surge quando há colmatação na desembocadura do rio, o que faz com que este ramifique em vários braços;
– Haff-delta de Aveiro (ria de Aveiro): laguna interior, onde a existência de um cordão de areia (haff), formado pela deposição de sedimentos marinhos e fluviais, dificulta o contacto com o mar. O interior da laguna está preenchido com sedimentos fluviais dos rios que aí desaguam, com destaque para o rio Vouga. A acumulação desses sedimentos deu origem a um conjunto de pequenas ilhas, separadas por canais poucos profundos que constituem um delta interior;
– Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, encontra-se localizada no extremo do cordão litoral entre Ovar e São Jacinto.
Geografia 10º Ano – A costa portuguesa
Conceitos fundamentais do tema “A costa portuguesa”:
– Linha de costa: zona de contacto entre a parte oceânica e a parte continental, costa alta, costa baixa (arenosa ou rochosa);
– Litoral português: traçado bastante rectilíneo, com poucas reentrâncias naturais favoráveis à actividade portuária;
– Abrasão marinha: desgaste da costa provocado pelo mar;
– Arriba: escarpa litoral abrupta de paredes quase verticais resultante do ataque do mar na sua base;
– Erosão marinha: acção de desgaste, transporte e acumulação de materiais rochosos sobre a linha de costa, por acção do mar;
– Plataforma de abrasão: superfície levemente inclinada para o mar delimitada pela linha de maré alta e pela linha de maré baixa;
– Plataformas de acumulação: as plataformas de abrasão tornam-se cada vez mais extensas e constituídas por materiais mais finos;
– Cabos: formações geológicas de elevada dureza e difícil desgaste;
– Baías: intensa acção de desgaste proporcionada pela predominância local de rochas de baixa dureza.
25 de abril – Cronologia (III)
– 13.00 – Militares da GNR, fiéis ao regime, ocupam posições na Rua Nova da Trindade, cercando as forças de Salgueiro Maia que, entretanto haviam tomado o Largo do Carmo. O Brigadeiro Junqueira dos Reis, comandando os militares que lhe permaneceram fiéis, ocupa o Largo de Camões.
– 13.15 – Forças do Regimento de Cavalaria 3 controlam a Ponte Salazar. Uma coluna deste Regimento segue então para Lisboa, para prestar auxílio ao contigente da EPC, que ocupava o Largo do Carmo.
– 13.30 – Um grupo de militares comandados por Jaime Neves ocupa as instalações da Legião Portuguesa (LP), na Penha de França.
– 14.00 – Em face do avanço das forças do Regimento de Cavalaria 3, o contigente que fiel ao regime que cercava o Largo do Carmo bate em retirada.
– 14.30 – Em comunicado transmitido pela rádio, o MFA garante que os lugares-chave que o Movimento previa ocupar estavam já sob o seu controlo e o principais dirigentes do regime presos ou sitiados.
– 15.00 – Perante o impasse vivido no Quartel do Carmo, onde as forças fiéis ao regime não davam sinais de rendição, Salgueiro Maia ordena a sua capitulação em quinze minutos.
– 15.15 – Em face da recusa da rendição dos militares sitiados no Carmo no prazo exigido, tem início o bombardeamento do Quartel, com recurso a armamento ligeiro, interrompido pouco depois
Simultaneamente, tem início a libertação dos militares envolvidos no golpe frustrado de 16 de Março, que se encontravam detidos no Presídio Militar da Trafaria.
– 16.30 – Sitiado no Quartel do Carmo, Marcello Caetano solicita ao General Spínola que ali compareça para lhe entregar o poder. Pedro Feytor Pinto, Director dos Serviços da Informação e Turismo e Nuno Távora, assessor do secretário de Estado da Informação, Pedro Pinto, serão os mediadores entre o Presidente do Conselho e o General.
– 18.00 – Spínola entra no Quartel do Carmo, sob o aplauso dos populares que enchem o largo. Marcello Caetano transmite o poder ao General, pedindo-lhe que evite que este caia na rua.
Forças da EPA entram no Regimento de Lanceiros 2. O Comandante Coronel Pinto Bessa recusa aderir ao Movimento, não sendo acompanhado pelos graduados milicianos e praças sob seu comando, que se colocam à ordens do MFA.
– 18.15 – Oficiais do Regimento de Cavalaria 7 aderem ao MFA.
– 18.40 – A emissão da RTP é interrompida. O locutor Fialho Gouveia lê um comunicado do MFA.
– 19.30 – Marcello Caetano, César Moreira Baptista, Ministro do Interior, Rui Patrício, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Coutinho Lanhoso, adjunto militar do Presidente do Conselho, abandonam o Quartel do Carmo numa viatura Chaimite, sob os apupos da multidão.
– 20.00 – Rendidos o Presidente do Conselho e os principais membros do Governo, é lida, aos microfones do RCP, a Proclamação do MFA.
– 20.30 – O General Spínola chega ao Quartel da Pontinha, onde estava sedeado o Posto de Comando do MFA.
– 21.00 – Da sede da PIDE/DGS, que permanece cercada por populares, são disparados tiros que causam quatro mortes e várias dezenas de feridos.
– 23.30 – Ocorrem incidentes entre populares e a PSP na Avenida dos Aliados e na Praça da Liberdade, de que resultam feridos.
25 de abril – Cronologia (II)
– 4.45 – Através do RCP, é lido um segundo comunicado destinado aos militares em posição de comando, exortando-os, sob ameaça de punição, a não desencadearem operações contra o Movimento.
– 5.00 – O director da PIDE/DGS, Major Silva Pais, estabelece contacto telefónico com Marcello Caetano, dando-lhe conta das movimentações em curso, indicando o Quartel do Carmo, sede da GNR, como lugar de refúgio.
A Companhia de Caçadores 4241 ocupa as antenas do RCP e assume o controlo da Ponte Marechal Carmona, em Vila Franca de Xira.
– 05.50 – A coluna da EPC, comandada por Salgueiro Maia, chega à Baixa de Lisboa, ocupando o Banco de Portugal e a Rádio Marconi.
– 6.00 – Os militares comandados por Salgueiro Maia ocupam o Terreiro do Paço.
Marcello Caetano chega ao Quartel do Carmo.
– 7.00 – Forças da EPA ocupam posições junto ao monumento do Cristo-Rei, em Almada.
Uma força munida de auto-metralhadoras, comandada pelo Tenente-Coronel Ferrand de Almeida defronta-se com a coluna de Salgueiro Maia, que recusa a capitulação. Ferrand de Almeida rende-se.
– 8.30 – Os Ministros da Marinha e do Exército, que se haviam deslocado para os respectivos Ministérios, sitos no Terreiro do Paço, refugiam-se no Regimento de Lanceiros 2, onde começam a preparar a resistência ao golpe.
É emitido um novo comunicado do MFA, desta feita através da EN.
– 10.00 – Militares do Regimento de Cavalaria 7, comandados pelo Brigadeiro Junqueira dos Reis, adjuvados por um contigente de Lanceiros 2, deslocam-se para a Ribeira das Naus. Salgueiro Maia apela ao diálogo, recusado por Junqueira os Reis, que ordena ao Aspirante Sottomayor que abra fogo, ordem que este recusa, no que é acompanhado pelos atiradores dos carros de combate. Fracassada a confrontação, Junqueira dos Reis retira
para a Rua do Arsenal, com alguns dos seus homens.
– 10.30 – As forças do Regimento de Cavalaria 7 que ainda permaneciam na Ribeira das Naus rendem-se ao Major Jaime Neves.
– 11.00 – Salgueiro Maia inicia a marcha para o Quartel do Carmo, sendo vitoriado pela população que, desobedecendo às recomendações do MFA para permanecer em casa, sai à rua em apoio aos militares revoltosos.
O Agrupamento Norte, sob o comando do Capitão Gertrudes da Silva chega ao Forte de Peniche. A PIDE/DGS não mostra intenção de se render.
– Final da manhã – Um grupo de Fuzileiros desloca-se para a Rua António Maria Cardoso com destino à sede da PIDE/DGS. Após conversações com o Comandante Alpoim Calvão, que se encontrava nas instalações da polícia política, regressam ao quartel.
25 de abril – Primeiro comunicado MFA
Leitura do primeiro comunicado do MFA, pela voz do jornalista Joaquim Furtado, aos microfones do Rádio Clube Português.
25 de abril – Cronologia (I)
– 0.30 – Os militares do MFA ocupam a Escola Prática de Administração Militar.
– 1.00 – É tomada a Escola Prática de Cavalaria de Santarém, ao mesmo tempo que se inicia a movimentação de tropas em Estremoz, Figueira da Foz, Lamego, Lisboa, Mafra, Tomar, Vendas Novas, Viseu, e outros pontos do país.
– 3.00 – As forças revoltosas, numa acção sincronizada, iniciam a ocupação dos pontos da capital considerados vitais para o sucesso da operação: o Aeroporto de Lisboa, o Rádio Clube Português, a Emissora Nacional, a RTP e a Rádio Marconi. Todos estes alvos serão ocupados sem resistência significativa.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel General da Região Militar do Porto. Mais tarde estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras.
– 3.30 – Os militares do MFA iniciam o cerco ao Quartel-General da Região Militar de Lisboa, em São Sebastião da Pedreira.
– 4.00 – Devido à falta de noticias sobre o controlo do Aeroporto de Lisboa, é adiada a transmissão do primeiro comunicado do Movimento, prevista para esta hora no RCP.
– 4.15 – O regime reagiu, com o ministro da Defesa a ordenar a forças sediadas em Braga para avançarem sobre o Porto, com o objectivo de recuperar o Quartel-General, mas estas forças tinham aderido ao MFA e ignoraram as ordens.
– 4.20 – As forças da Escola Prática de Infantaria de Mafra controlam o aeroporto de Lisboa que é encerrado. O tráfego aéreo é reencaminhado para Madrid e Las Palmas.
25 de abril – Grândola, Vila Morena
É transmitida pela Rádio Renascença a canção de José Afonso, Grândola, Vila Morena, a senha que desencadeia a “Operação Fim de Regime”, levada a cabo pelo MFA.