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Dessalinização: o caso espanhol (3/4)

Em junho de 2023, o site Postal publicava o seguinte:

“O exemplo espanhol
Contudo Espanha é um dos países do mundo que mais produz água dessalinizada. De acordo com a Associação Espanhola de Dessalinização e Reutilização (AEDyR), “atualmente em Espanha a produção está à volta de 5.000.000 de m³/dia de água dessalinizada para abastecimento, irrigação e uso industrial”.

Segundo os mesmos dados, estão instaladas um total de 765 plantas de dessalinização com produções superiores a 100 m³/dia. 99 dessas são de grande capacidade com uma produção entre 10.000 e 250.000 m³/dia. 68 das 765 trabalham com água do mar, como acontecerá em Albufeira.”

O Jornal de Negócios aprofundava o caso espanhol:

O Governo de Espanha vai investir 11.839 milhões de euros para promover a dessalinização e a reutilização da água, bem como a eficiência na utilização do recurso, através da melhoria de condutas e infraestruturas regulatórias, uma vez que o país enfrenta uma situação de emergência de seca em 14,6% do seu território.
Além disso, segundo avança a agência EFE, Espanha vai apostar também em novas tecnologias para a digitalização da gestão da água, sendo para isso acrescentados mais 3.060 milhões de euros ao Projeto Estratégico de Recuperação e Transformação Económica (PERTE).
Segundo o Relatório de Gestão da Seca de Espanha, apresentando nesta terça-feira, 14,6% do território espanhol está em situação de emergência devido à seca, enquanto que 27,4% está em alerta, uma vez que a precipitação média global está 17,1% abaixo do valor normal em relação ao período de referência 1991-2020.

Dessalinização: o exemplo do Porto Santo – Região Autónoma da Madeira (2/4)

Dessalinização: o exemplo do Porto Santo

Notícia do Expresso, consultado a 29 de dezembro de 2023.

“No Porto Santo, toda a água potável vem do mar e é captada em quatro galerias construídas debaixo da praia. É assim há mais de 40 anos, altura em que se decidiu construir uma central dessalinizadora para resolver a escassez de recursos hídricos da ilha.
A central de dessalinização da praia do Porto Santo foi inaugurada em 1980 e, desde então, fornece água potável à região. Graças a esta infraestrutura, a população não sofre de escassez de água durante os meses mais quentes e, nos últimos 20 anos, tem sofrido aumentos e melhorias, de modo a torná-la mais eficaz.
O processo consiste na captação de água salgada através de quatro galerias localizadas na praia do Porto Santo, que posteriormente é tratada, mineralizada e distribuída na rede pública.
Depois de utilizada, é de novo tratada numa Estação de Tratamento de Águas Residuais, que a deixa própria para consumo.
Este ciclo permite à localidade poupar uma quantidade considerável de recursos hídricos, numa ilha árida onde é difícil armazenar a pouca água da chuva.
Este processo, utilizado na região há quatro décadas e que já é conhecido há mais de 100 anos, tem capacidade para abastecer as 30 mil pessoas que habitam a ilha durante todo o ano, sem qualquer falha.”

Notícia e vídeo retirado do site ARM – Águas e Resíduos da Madeira, S.A.

A Central Dessalinizadora do Porto Santo fez 40 anos (1970).
No final da década de 70, o Governo Regional da Região Autónoma da Madeira, decidiu aumentar a disponibilidade de água potável na Ilha do Porto Santo através do recurso à dessalinização da água do mar.
Pretendia-se minorar a crónica escassez de água desta ilha e fazer face a um previsível aumento da procura devido ao aumento do fluxo turístico.
No ano de 1980, entrou em funcionamento a Central Dessalinizadora do Porto Santo com uma capacidade de produção de 500 m3 diários, sendo à data uma das 5 unidades industriais deste tipo em todo o mundo a utilizar a tecnologia da Osmose Inversa.
Atualmente, é a única Dessalinizadora pública em Portugal e é gerida pela ARM – Águas e Resíduos da Madeira, S.A..


Download completo da brochura – ARM

Notícia – RTP Madeira

Dessalinização: solução para a seca e a falta de recursos hídricos no Algarve (1/4)

Em janeiro de 2023, a TSF noticiava o seguinte:

“Central de dessalinização que vai ser construída no Algarve terá o dobro da capacidade prevista
Estudo de impacto ambiental vai avaliar a melhor localização para a central dessalinizadora: Albufeira ou Lagos.”

Em junho de 2023, o Portal do Ambiente Online publicava a escolha de Albufeira:

“Dessalinizadora em Albufeira vai produzir um terço das necessidades urbanas de água na região sul
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) congratulou-se esta sexta-feira com a proposta do Governo de construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira, Algarve, que pode produzir um terço das necessidades urbanas de água na região sul.”

Nas próximas publicações, vou abordar o caso da central de Porto Santo – R.A. da Madeira (2/4), o caso espanhol (3/4) e um vídeo sobre as etapas da dessalinização (4/4).

Geografia: Junho foi o 5º. mês mais quente dos últimos 92 anos em Portugal

Junho foi o 5º. mês mais quente dos últimos 92 anos em Portugal

O passado mês de junho foi “o quinto mais quente desde 1931” em Portugal continental e o mais quente de sempre a nível global informou, esta sexta-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Aquele organismo classifica o passado mês de junho como “muito quente” e “muito chuvoso” e sublinha que foi o quinto mais quente dos últimos 92 anos, com o valor da temperatura média do ar a situar-se nos 21,92 graus Celsius (ºC), um aumento de 2,49 graus em relação ao valor normal dos anos 1971-2000.

O valor mais alto de sempre de temperaturas em junho registou-se em 2004, com um valor médio de 23,25º C.

O IPMA adianta que o valor médio da temperatura máxima do ar, 28.03 °C, foi superior ao valor normal, + 2.68 °C correspondente ao nono valor mais alto desde 1931, enquanto o valor médio da temperatura mínima do ar (15.80 °C) foi mais 2.31 °C superior à normal, sendo o terceiro mais alto desde 1931.

Durante o mês verificaram-se, valores diários da temperatura do ar, acima do valor médio mensal, refere o IPMA, destacando que “o período muito quente de 23 a 30, com quatro dias consecutivos (23 a 26) com desvios da temperatura máxima superiores a 7 °C e da temperatura mínima superiores a 5 °C”.

Ocorreu uma onda de calor com duração de seis a sete dias que abrangeu as regiões do interior Norte e Centro e a região Sul.

Em relação à precipitação, em junho passado registou-se um total de 47.9 mm, o que corresponde a 149 % do valor normal, sendo o terceiro mais alto desde o ano 2000, acrescenta o instituto.

“Durante o mês destaca-se a primeira quinzena, que esteve sob condições meteorológicas caracterizadas por instabilidade atmosférica, com destaque para as regiões do Norte e Centro e em particular as zonas interiores”, lembra.

De acordo com o índice de seca PDSI (Palmer Drought Severity Índex), no final de junho registou-se uma diminuição da área em seca meteorológica e da sua intensidade, afirma o IPMA.

As áreas em seca severa e extrema diminuíram nas regiões do Vale do Tejo e do Alentejo, no entanto, na região do Algarve aumentou a área em seca extrema. A 30 de junho, 85 % do território estava em seca meteorológica, dos quais 26% estava nas classes de “seca severa” e “extrema”.

A nível global, o passado mês de junho foi o mais quente de sempre, com a temperatura média global a ser 0,53 °C superior ao valor médio 1991-2020, superando o junho de 2019, o anterior mais quente.

“Na Europa, o valor médio da temperatura média do ar foi superior ao valor médio 1991-2020 (0,74 °C)”, acrescenta o IPMA.

Fonte: CNN – Portugal, consultado a 8 de julho de 2023.

Geografia: O Efeito de Estufa – Como funciona.

Como funciona o Efeito de Estufa.

O efeito estufa é um fenômeno natural que em condições normais manteria a temperatura média em um nível adequado para a existência de vida na Terra, refletindo o calor do Sol de volta pro espaço. Mas por causa dos Grandes Poluidores e da descontrolada emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) ⎼ como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) gerado pela queima de combustíveis fósseis e criação de gado, e o óxido nitroso (N2O) pelo uso de fertilizantes do agronegócio e queima de resíduos agrícolas ⎼ hoje o planeta está coberto por uma capa densa de gases que age como um “teto” na troposfera aprisionando o calor do Sol e superaquecendo a Terra. Esses gases interferem diretamente no equilíbrio térmico do planeta porque absorvem a maior parte do calor que foi refletida e reemite toda essa radiação infravermelha de volta para a superfície.

Apenas 100 empresas de combustíveis fósseis são responsáveis por 70% das emissões de gases efeito estufa históricas de todo o planeta e as 20 maiores Petrolíferas e Companhias de Gás são responsáveis por um terço de toda essa emissão sozinhas! As petrolíferas também estão associadas a uma série de outros danos ecológicos irreversíveis, violações e crimes como contaminação da água por fracking, invasões, perfuração de petróleo em pequenas comunidades, vazamentos e explosões em oleodutos. Estão também associadas a guerras.

Fonte: Árvore e Água, adaptado. Consultado a 6 de julho de 2023.

Alterações Climáticas – Porque não está Portugal a sofrer com as ondas de calor que assolam a Europa?

Porque não está Portugal a sofrer com as ondas de calor que assolam a Europa?

Graças ao anticiclone dos Açores, Portugal escapou incólume à onda de calor recorde que afecta a Itália, Espanha e Grécia. A Organização Meteorológica Mundial avisou que não há tréguas à vista.
“A explicação do anticiclone dos Açores ajuda-nos a perceber a circulação das massas de ar à superfície. Este anticiclone – que está, neste momento, posicionado exactamente sobre os Açores – faz com que a costa portuguesa seja atingida por um transporte de norte para sul de massas de ar que vêm do Atlântico Norte. Estas massas são relativamente mais frescas”, afirma ao PÚBLICO Alessandro Marraccini, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Alessandro Marraccini compara o fenómeno, em altitude, ao comportamento das ondas. Imaginemos que a crista desta grande vaga esteja agora na região central do Sul da Europa. Como Portugal se encontra num ramo descendente desta onda, que se desloca de oeste para leste, estamos a escapar incólumes ao calor extremo.
“A crista corresponde ao ar quente que vem das latitudes mais baixas e que tende a subir. E há o frio das latitudes mais altas que desce. Nós estamos mesmo na fronteira entre a crista da onda e a parte mais baixa”, esclarece o meteorologista do IPMA.

Notícia completa e fonte: Público, consultado a 22 de julho de 2023.

Alterações Climáticas: “A chegada do El Niño aumentará consideravelmente a probabilidade de se ultrapassarem recordes de temperatura”

Alterações Climáticas: “A chegada do El Niño aumentará consideravelmente a probabilidade de se ultrapassarem recordes de temperatura”

O fenómeno El Niño que se desenvolveu no Pacífico tropical pela primeira vez em sete anos “prepara o cenário para um provável aumento nas temperaturas globais e perturbações nos padrões climáticos”, revela a ONU.

O fenómeno climático El Niño, geralmente associado ao aumento das temperaturas a nível mundial, continuará ao longo do ano com uma intensidade que deverá ser “pelo menos moderada”, indicou hoje a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Espera-se que as temperaturas subam em grande parte do mundo.
A Agência norte-americana de Observação Oceânica e Atmosférica (NOAA) anunciou a 8 de junho a chegada oficial do El Niño, assinalando que “poderia levar a novos recordes de temperatura” em algumas regiões.
Segundo um boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado hoje, a probabilidade de que o fenómeno continue durante o segundo semestre de 2023 é de 90%.
Os cientistas da OMM esperam que a sua intensidade “seja pelo menos moderada”, mas o efeito nas temperaturas globais manifesta-se geralmente um ano após seu desenvolvimento, pelo que será provavelmente mais aparente em 2024.
“A chegada do El Niño aumentará consideravelmente a probabilidade de se ultrapassarem recordes de temperatura e poderá desencadear mais calor extremo em numerosas regiões do mundo e nos oceanos”, refere o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, citado no boletim.
“O anúncio da OMM (…) é um sinal para os governos de todo o mundo se prepararem para limitar os seus efeitos sobre a nossa saúde, ecossistemas e economias”, adianta.
Taalas realça, a propósito, a importância dos sistemas de alerta precoce e das medidas de antecipação dos fenómenos climáticos extremos associados ao El Niño para “salvar vidas e meios de subsistência”.

O que é o El Niño?

O El Niño ocorre em média a cada dois a sete anos e os episódios duram geralmente entre nove a 12 meses.
Trata-se de um fenómeno climático natural associado ao aumento das temperaturas da superfície no centro e leste do Oceano Pacífico tropical. Mas o episódio atual, “no entanto, insere-se no contexto de um clima alterado pelas atividades humanas”, sublinha a OMM.
O El Niño é geralmente associado ao aumento da precipitação em partes do sul da América Latina, sul dos Estados Unidos, Corno da África (nordeste africano) e Ásia central.
Pode também causar secas severas na Austrália, Indonésia, partes do sul da Ásia e América Central, enquanto as águas mornas alimentam furacões no Pacífico central e oriental e travam a formação destes na bacia do Atlântico.

Fontes: Sic Notícias, consultado a 6 de julho de 2023
World Meteorological Organization – WMO, consultado a 6 de julho de 2023

Geografia: Clima – Como se forma a Neblina no Litoral Oeste?

Como se forma a Neblina no Litoral Oeste?

– Nos meses de Julho e Agosto é habitual termos manhãs e finais de tarde com neblina ou nevoeiro nas praias do litoral norte e centro.

– Neste post vamos mostrar como numa simples experiência, é possível ver a formação desse fenómeno:
1 – Enchemos um jarro com água a ferver. Fica a repousar durante 1 ou 2 minutos para o vidro aquecer e deitamos fora a água excedente, deixando apenas 2 ou 3 dedos de altura no fundo do jarro.
2 – Colocamos um coador com algumas pedras de gelo na boca do jarro.
3 – Assistimos à formação da neblina (minúsculas gotículas de água) no interior do jarro.

– A água quente simula a superfície da terra (que está quente) e o gelo simula o ar frio e húmido vindo do mar. Quando entram em contacto, forma-se uma camada de neblina que será mais ou menos densa, dependendo das diferenças entre a fonte fria e a fonte quente.
– Em alguns dias de Junho, a água do mar esteve quente (19-21ºC) e neblinas e nevoeiros foram uma raridade, mas agora com a água a 14-17ºC, irão sendo mais habituais e persistentes.
– Neblina ou Nevoeiro são essencialmente a mesma coisa (minúsculas gotículas de água e que por vezes se assemelham a “chuviscos”), mas chamamos “nevoeiro” quando só temos visibilidade a curta distância e “neblina” quando conseguimos ver bastante mais longe (+1km).

Fonte: MeteoLitoral, consultado a 6 de julho de 2023

Geografia: Seca: barragem que abastece Baixo Alentejo não enche há uma década

Seca: barragem que abastece Baixo Alentejo não enche há uma década

A barragem do Monte da Rocha, em Ourique, fornece água para todo o Baixo Alentejo mas está a 9% e não enche há uma década. No entanto, Manuel Caetano, dono de um restaurante em frente à barragem, acredita que tem muita água ainda para vários anos.
Construída para abastecimento humano e rega, Monte da Rocha nem chegou este ano a disponibilizar água para rega, tal a pouca água que armazenou, destinada apenas a servir os concelhos de Castro Verde, Ourique, Almodôvar, Mértola e Odemira, que num total têm mais de 50 mil habitantes.
Aquele que já foi um grande reservatório de água trazida pelo rio Sado, para rega e para as pessoas de cinco concelhos, tem agora pequenos lagos no centro, longe de um parque de campismo que já teve desportos náuticos na “ementa”, e longe da aldeia de Chada Velha, que “ficava um ilhéu quando a barragem enchia”, recorda, por seu lado, Adílio Guerreiro, agricultor e trabalhador da Câmara de Ourique.
Parece difícil que aqueles pequenos lagos dispersos forneçam água a cinco concelhos mas Manuel Caetano, anos a olhar a barragem, garante que água não faltará nos próximos anos. E Ilídio Martins, presidente da Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado (Alto Sado é outro nome para Monte da Rocha), com base em dados técnicos, afiança o mesmo.

As marcas da água são visíveis nas margens

Para já, Monte da Rocha nem parece uma barragem. A erva cresce e seca nas paredes e no leito e onde devia estar água crescem os juncos, as estevas, as urzes, as silvas e pelo menos um pequeno pinheiro já lá está, sinal de que há muito a água não cobre o terreno.
As marcas da água são visíveis nas margens, algumas com datas que Manuel Caetano sabe de cor.
Sentado na esplanada do restaurante, o calor que fica pela tarde e que o espelho de água já não ameniza, Manuel Caetano diz que ainda há quem vá por lá à pesca, mas agora já ninguém leva barcos.
A associação abrange os concelhos de Santiago do Cacém, Odemira e Ourique, mas Ourique praticamente não tem água para regar e parte de Santiago também não.
A associação gere cinco albufeiras, duas das três que estão “no vermelho”, Campilhas além de Monte da Rocha. Campilhas encheu pela última vez em 2013 e a água deste ano é apenas para rega de emergência e para dar de beber aos animais. E soluções para Campilhas, para já, dependem dos céus.
Monte da Rocha é ainda assim diferente. Ilídio Martins afirma que tem apenas 9,5 milhões e metros cúbicos de água, que este ano nem sequer abriu para a agricultura, mas que decorre o concurso público para a execução da obra e que dentro de dois anos a água de Alqueva pode chegar ali. E compor o “azar da natureza”.

Fonte: Sic Notícias, consultado a 8 de julho de 2023.

Geografia: Seca. Portugal tem 77% de capacidade de armazenamento nas albufeiras

Seca. Portugal tem 77% de capacidade de armazenamento nas albufeiras

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, adiantou esta sexta-feira que Portugal tem 77% de capacidade de armazenamento nas albufeiras nacionais, mais 13 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado.

“Face às albufeiras que são observadas pela Associação Portuguesa do Ambiente [APA], Portugal tem hoje 77% de capacidade de armazenamento que compara o ano passado na mesma altura com (…) 64%. Compara também com 46% da capacidade de armazenamento de Espanha”, salientou Duarte Cordeiro.
“Face a junho do ano passado, Portugal tem hoje uma maior disponibilidade hídrica nas suas albufeiras”, acrescentou.
O ministro do Ambiente falava em conferência de imprensa após uma reunião da comissão de acompanhamento dos efeitos da seca no Ministério da Agricultura e da Alimentação, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

“Se temos na maioria das albufeiras uma capacidade acima da média do período de 1990 até 2022, não acontece nas albufeiras do Sado, do Guadiana, do Mira e das ribeiras do Algarve e do Arado. Estamos em observação de zonas críticas, nomeadamente a bacia do Mira e a região do Algarve, em particular a zona do Barlavento”, explicou.
Os dados, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), reportam-se até junho, no qual houve um decréscimo dos territórios em seca extrema ou severa, em relação a maio, passando de 36% para 26%.
“Foi-nos igualmente informado (…) que se perspetiva que haja um aumento do território em seca severa ou extrema durante os próximos meses. Há um alívio durante o mês de julho, mas não deveremos deixar de estar atentos a estes territórios em seca severa ou extrema durante os próximos meses”, salientou o ministro.

Fonte: Diário de Notícias, consultado a 8 de julho 2023.