Glossário Sismológico, IPMA.
Um breve resumo para entender melhor a situação atuação na ilha de São Jorge, Açores.
Acelerómetro – É um sensor que detecta a aceleração associada a movimentos do solo.
Escala de Mercalli – a escala que Giuseppe Mercalli elaborou em 1902 é a mais conhecida das escalas de intensidade. As revisões elaboradas em 1917 por Sieberg (MCS-17), em 1931 por Wood e Newmann (MM-31) e em 1956 por C. F. Richter(MM-56) foram e ainda são extensivamente utilizadas. Em Portugal utilizou-se nos serviços oficiais a escala MSC-17 de 1947 até 1960, a escala MM-31 de 1961 até 1973 (até 1974 nos Açores). A escala MM-56 (lê-se “Escala de Mercalli modificada de 1956”) tem sido a utilizada desde então.
Escala Macrossísmica Europeia de 1998 – esta escala é fruto de um extenso trabalho de revisão de muitas escalas de intensidade utilizadas internacionalmente e foi publicada em 1998 depois da avaliação de uma versão preliminar publicada em 1993. Esta escala tem vindo a ser mundialmente adoptada dada a sua coerência e robustez. É a Escala que o Instituto de Meteorologia vai passar a utilizar brevemente.
Escala de magnitude – são escalas que medem a quantidade de energia libertada de um sismo com base em observações recolhidas através de equipamento sísmico. São escalas abertas pois não têm minimo nem máximo. O valor máximo até hoje medido num sismo é de 9,5 (sismo de Chile em 1960). Os valores de magnitude também podem ser negativos. Existem muitas escalas de magnitude sendo a mais conhecida a Escala de Richter que foi desenvolvida para avaliar sismos locais e regionais na Califórnia por Charles F. Richter.
Epicentro – Ponto à superfície da Terra directamente sobre a vertical do hipocentro ou foco de um sismo.
Estação Sismica – é o conjunto de instrumentos que inclui um sensor, um sistema de registo (analógico ou digital) local ou remoto.
Falha – – É uma fractura ao longo da qual os lados opostos se moveram paralelamente e em sentido oposto entre si. A teoria de Reid descreve que essa fractura foi provocada por uma rotura de materiais frágeis durante um movimento brusco a que denomina “ressalto elástico” o qual se deve à acumulação de tensões originadas na própria dinâmica interna da Terra.
Falha Normal – É uma falha em que o bloco superior desce em relação ao bloco inferior. A direcção do movimento está contida num plano vertical.
Falha Inversa – É uma falha em que o bloco superior sobe em relação ao bloco inferior (em inglês: thrust ou reverse fault ). A direcção do movimento está contida num plano vertical.
Falha de desligamento – É uma falha em que os dois blocos se movem horizontalmente em relação um ao outro ( em inglês: strike-slip fault). A direcção do movimento está contida num plano horizontal.
Falha oblíqua – É uma falha em que a direcção do movimento tem simultaneamente uma componente vertical e uma componente horizontal.
Foco – ou Hipocentro – um ponto no interior da Terra a partir do qual se inicia o processo de rotura de um sismo.
Isossista – É a linha que separa duas zonas de diferente intensidade sísmica. Normalmente as isossistas são linhas fechadas em torno do epicentro.
Intensidade sísmica – É a classificação da severidade do movimento do solo provocado por um sismo numa área limitada com base nos efeitos observados em pessoas, objectos, estruturas e na natureza. A intensidade sísmica depende de um conjunto de factores em que se destacam a energia sísmica libertada, a distância ao epicentro e a geologia local. Para a atribuição de um valor de intensidade é utilizada uma escala em que para cada grau são descritos efeitos típicos. São exemplos de escalas de intensidade sísmica a Escala de Mercalli e a Escala Macrossísmica Europeia.
Neotectónica – É o ramo da geologia que estuda os movimentos e processos tectónicos ocorridos na actual fase de deformação regional da camada superficial rígida da Terra.
Onda Sísmica – São as ondas elásticas produzidas durante um sismo.
Onda de volume – É uma onda sísmica que atravessa o interior da Terra e que não está apenas relacionada com a zona superficial do planeta. As ondas P e S, por exemplo, são ondas de volume ou ondas volúmicas (em inglês: body wave).
Onda P – É uma onda cujo movimento é longitudinal, irrotacional, compressivo e dilatacional. Também é designada por onda primária por ser a primeira a ser detectada.
Onda S – É uma onda cujo movimento é de cisalhamento, rotacional, tangencial, equivolúmica, distorcional e transversa. Também é designada por onda secundária.
Ondas Superficiais – São ondas sísmicas que se propagam ao longo da superfície de um corpo ou ao longo de uma interface sub-superficial. Os dois tipos mais conhecidos são as de Love e as de Rayleigh.
Onda Rayleigh – É uma onda superficial cujo movimento numa superfície livre é retrógrado e elíptico.
Onda de Love – É uma onda superficial cujo movimento numa superfície livre é obliquo ou transverso à direcção de propagação.
Perigo sísmico – É o potencial destrutivo dos sismos, seja qual for a forma que esta capacidade destrutiva se apresente (em inglês: seismic hazard)
Rede Sísmica – É o conjunto de estações sísmicas cuja informação é transmitida para um centro de dados.
Réplicas – É o nome que se dão aos sismos que se seguem ao sismo principal e que se originam no mesmo ambiente sismogénico, decrescendo de frequência e magnitude com o tempo. Geralmente seguem padrões razoavelmente definidos. Durante vários anos podem ser geradas réplicas após um sismo de grande magnitude (em inglês: aftershocks) dados.
Risco Sísmico – Resulta da conjugação entre o perigo sísmico e a vulnerabilidade sísmica numa determinada região e num determinado período de tempo.
Sismologia – É a ciência na área da Geofísica Interna que estuda os sismos e que através deles tenta interpretar a estrutura do interior da Terra.
Sismotectónica – É a área interdisciplinar que estuda a ligação entre os sismos e os movimentos nas falhas que os produzem.~
Sismo – É o tremor do solo devido à passagem de ondas elásticas geradas numa determinada zona da litosfera. São possíveis origens destas ondas elásticas a libertação de energia associada a movimentos súbitos em falhas tectónicas e vários tipos de explosões ou implosões, quer sejam naturais ou artificiais. Os termos terramoto, tremor de terra e sismo são normalmente usados com igual significado.
Sismos naturais – São aqueles que têm a sua origem na dinâmica da própria natureza.
Sismos tectónicos – São sismos que estão relacionados com movimentos de roturas em falhas activas.
Sismos vulcânicos – São os sismos que estão relacionados com processos vulcânicos activos. Há vários tipos de eventos sismo-vulcânicos em que uns são mais relacionados com processos elásticos e outros mais relacionados com processos da dinâmica de fluidos. O estudo da sismologia vulcânica é uma área muito específica em pleno desenvolvimento. O tratamento do sinal sísmico nesta área pode ser desde muito semelhante a completamente diferente daquele utilizado na sismologia tradicional.
Sismos de colapso ou de implosão – São os sismos provocados pelo colapso em cavernas, desmoronamentos em minas, movimentos de massa à superfície ou mudanças de fase mineral em grande profundidade.
Sismos artificiais – São os sismos que tem origem nas acções do Homem sobre a natureza. São exemplos os sismos originados por explosões, por colapsos de minas e os eventos sísmicos induzidos pela extracção ou introdução de materiais na crosta, enchimento de albufeiras, etc.
Sismos premonitórios – São os sismos que geralmente precedem um sismo maior que é considerado o principal de uma série. Os sismos premonitórios podem ocorrer desde vários segundos a vários anos antes do principal mas desenvolvem-se sempre no mesmo ambiente sismogénico deste (em inglês: foreshocks).
Sismómetro – É um sensor que detecta movimentos na superfície da Terra e transmite essa informação para outros aparelhos onde podem ser registados e posteriormente medidos.
Sismograma – É um gráfico produzido por um sismógrafo.
Tectónica – É o ramo da geologia que lida com as causas e efeitos das grandes características estruturais da camada superficial rígida da Terra.
Vulnerabilidade sísmica – é o potencial de danos sobre pessoas e bens que podem ser causados por sismo.
Fonte: IPMA, consultado a 3 de abril de 2022.
Etiqueta: A Geografia e o Território
Geografia: Alterações Climáticas – Areia do deserto do Saara cobre cidades e resorts de Espanha à Suíça
Areia do deserto do Saara cobre cidades e resorts de Espanha à Suíça.
Fenómeno meteorológico raro, conhecido como “chuva de barro”, atingiu a Europa este fim de semana, cobrindo cidades e resorts de esqui europeus com uma fina camada alaranjada, que cobre o manto branco da neve. O caso está relacionado com um forte fluxo de ar do sul que traz as temperaturas da primavera, mas também uma grande concentração de areia do deserto do Saara.
A “tempestade” de areia sentiu-se em várias cidades da Europa e em alguns resorts montanhosos, como nos Alpes ou nos Pirenéus. A capa amarela que cobre a neve é provocada pela mistura da poeira que sobe do Norte de África com a precipitação. A poeira tem origem no deserto do Saara e atravessa a Europa, passando pela Península Ibérica e por outros países do sul.
Notícia completa: AQUI
Fonte: JN, consultado a 5 de setembro de 2021.
Geografia: Alterações Climáticas – Nuvem “grande” e “densa” de poeira do Saara está a mover-se para a Europa
Nuvem “grande” e “densa” de poeira do Saara está a mover-se para a Europa.
Uma nuvem de poeira do deserto do Saara deverá sobrevoar a Europa novamente neste fim de semana, segundo o serviço europeu de observação atmosférica Copernicus, que desconhece se será visível a olho nu como no início de fevereiro.
No primeiro fim de semana de fevereiro, o céu ficou tingido de amarelo ocre, em particular no sul e no leste de França, quando uma nuvem de poeira das tempestades de areia na Argélia passou, arrastada pelos ventos do norte.
Um episódio que também levou a uma deterioração significativa da qualidade do ar nas regiões sobrevoadas.
Uma nova nuvem “grande” e “densa” de poeira saariana está a mover-se para o norte e “deve afetar partes da Europa no fim de semana e no início da próxima semana”, referiu, esta sexta-feira, o serviço Copernicus em comunicado.
O volume principal deverá concentrar-se no leste de Espanha e no norte de França, mas a nuvem pode chegar até à Noruega.
“Observamos eventos semelhantes nas últimas semanas com impactos significativos na qualidade do ar nas regiões afetadas”, considerou Mark Parrington, diretor científico do Copernicus.
“Acreditamos que será o caso também para o próximo evento, embora ainda não seja certo até que ponto a nuvem será visível a olho nu”, observou..
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Fonte: JN, consultado a 5 de setembro de 2021.
Geografia: Relatório pede colaboração Portugal-Espanha na gestão de rios cada vez mais secos
Relatório pede colaboração Portugal-Espanha na gestão de rios cada vez mais secos.
A ANP/WWF aponta o aumento do uso de recursos em Portugal, como a irrigação intensiva a partir da barragem de Alqueva, e em Espanha, em Campo de Cartagena, como provas do “colapso provável da biodiversidade e a diminuição da segurança para a natureza e para as pessoas”.
O futuro adivinha-se seco na Península Ibérica, alertou esta segunda-feira a organização ambientalista ANP/WWF, com um relatório em que defende mais colaboração entre Portugal e Espanha para gerir rios e disponibilidade da água.
“De um modo geral, os modelos (climáticos) confirmam uma redução da precipitação em conjunto com um aumento consistente de temperaturas médias, resultando em maior evapotranspiração”, refere a Associação Natureza Portugal, representante nacional da organização internacional World Wide Fund for Nature (ANP/WWF).
O resultado disso, com tendência para um agravamento até 2050, será “menos água no solo, nos rios e nos aquíferos à medida que avançar o século XXI”.
Notícia completa: AQUI
Fonte: Rádio Renascença, 5 de setembro de 2021.
Notícias: Ambiente em Portugal – Dados Pordata
Ambiente em Portugal: dados estatísticos de 1997 e 2017
Fonte: Pordata
Geografia 7.º Ano – Observação Direta e Observação Indireta
– Observação direta é a que resulta quando se observa a paisagem no próprio local, in loco.
– Observação indireta é a que resulta da observação da paisagem sem se estar no local, nesse momento. Realiza-se a partir de outros meios, como, por exemplo, a análise de mapas, de fotografias de paisagens, de esboços, de diapositivos, de textos e de filmes.