1.A. Percurso A
Teste a validade do seguinte argumento, aplicando as regras do silogismo.
Nenhum kantiano é utilitarista.
Alguns filósofos são kantianos.
Logo, alguns filósofos não são utilitaristas.
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Etiqueta: Proposições
Preparação para o Exame Nacional de Filosofia: Argumentos e Falácias
2. Leia o seguinte excerto do Diálogo dos Grandes Sistemas, escrito por Galileu Galilei no século XVII, em
que as personagens Salviati e Simplício discutem a teoria aristotélica acerca do movimento.
Texto A
SALVIATI – […] Espanta-me […] que não vos apercebais que Aristóteles supõe o que precisamente
está em questão. Ora notai…
SIMPLÍCIO – Suplico-vos, Senhor Salviati, falai com mais respeito de Aristóteles. A quem
convenceríeis, aliás, de que aquele que foi o primeiro, o único, o admirável explicador da forma
silogística, da demonstração, das refutações, […] de toda a lógica, em suma, tenha podido cair num
erro tão grave como o de supor conhecido o que está em questão?
Galileu Galilei, Diálogo dos Grandes Sistemas (Primeira Jornada), Lisboa, Publicações Gradiva, 1979
1.1. Nomeie a falácia cometida por Aristóteles, segundo Salviati.
1.2. Nomeie o tipo de argumento utilizado por Simplício.
2. Leia o seguinte exemplo de uma falácia, apresentado por Carl Sagan.
Texto B
Não há nenhuma prova indiscutível de não haver OVNI a visitar a Terra; por conseguinte, os
OVNI existem – e há vida inteligente algures no universo.
Carl Sagan, Um Mundo Infestado de Demónios, Lisboa, Publicações Gradiva, 1997
Identifique a falácia presente no texto.
Justifique a resposta.
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Filosofia 11.º Ano – Falácias no Silogismo Categórico
Falácias no Silogismo Categórico:
– Falácia dos Quatro Termos, quando se infringe a 1.ª regra segundo a qual o silogismo tem três termos e só três termos.
– Falácia do Termo Médio não Distribuído, quando se infringe a 3.ª regra segundo a qual o termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão.
– Falácia da Ilícita Maior, quando o termo maior se encontra distribuído na conclusão e não na premissa, infringindo-se a 4.ª regra segundo a qual nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
– Falácia da Ilícita Menor, quando o termo menor se encontra distribuído na conclusão e não na premissa, infringindo-se a 4.ª regra segundo a qual nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
Nota: Para uma melhor compreensão das Falácias no Silogismo, devem ler a publicação anterior “Filosofia 11.º Ano – Regras da Validade do Silogismo Categórico”.
Filosofia 11.º Ano – Regras da Validade do Silogismo Categórico
Regras de validade do silogismo categórico:
1.ª Regra – O silogismo tem três termos, e só três termos: o termo maior, termo menor e o termo médio.
2.ª Regra – O termo médio nunca pode estar na conclusão.
3.ª Regra – O termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão, ou seja, tem que estar distribuído pelo menos uma vez.
4.ª Regra – Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
5.ª Regra – A conclusão deve seguir sempre a parte mais fraca, ou seja, o termo menor, na conclusão, surge primeiro que o termo maior.
6.ª Regra – De duas premissas negativas nada se pode concluir.
7.ª Regra – De duas premissas particulares nada se pode concluir.
8.ª regra – De duas premissas afirmativas não se pode extrair uma conclusão negativa.
– Da 1.ª Regra até à 4.ª Regra, inclusive, dizem respeito aos termos.
– Da 5:ª Regra até à 8.ª Regra, dizem respeito às proposições.
Filosofia – Proposições
– A dimensão discursiva do trabalho filosófico
– Proposições
– Proposições, corresponde a um modo especifico de relacionar termos.
– A Proposição estabelece uma relação de afirmação ou negação entre termos, podendo tal relação ser considerada Verdadeira ou Falsa.
– Só as frases declarativas é que expressam Proposições.
– As Proposições podem ser:
• Categóricas, aquelas que afirmam ou negam sem restrições nem condições.
• Condicionais, aquelas que afirmam ou negam sob determinadas condições.
• Disjuntivas, aquelas que afirmam ou negam em forma de alternativas que se excluem.
– Em relação à quantidade, uma Proposição pode ser:
• Universal, quando o sujeito da proposição é tomado em toda a sua extensão.
• Particular, quando o sujeito da proposição é tomado apenas numa parte na sua extensão.
– Juízo, é a operação mental que está subjacente à formação de proposições e que permite estabelecer essa relação.
– Sujeito, é o ser a quem se atribui o predicado, o termo relativamente ao qual se afirma ou nega algo.
– Predicado, é aquilo que se diz do sujeito, podendo ser afirmado ou negado.
– Cópula, é o elemento que permite a união do sujeito e do predicado.
Filosofia – Estrutura do Argumento
– A dimensão discursiva do trabalho filosófico
– A Estrutura do Argumento
– Argumento, conjunto de proposições relacionadas entre si de tal modo que umas devem oferecer razões para aceitar uma outra.
– Premissas, são as proposições que servem de razões para aceitar o argumento.
– Conclusão, é a proposição que se pretende defender a partir das premissas.
Filosofia – Teses, Discurso, Lógica, Argumentos
– A dimensão discursiva do trabalho filosófico
– Teses, Discurso, Lógica, Argumentos
– Teses filosóficas, são respostas aos problemas filosóficos a partir do método da argumentação racional.
– Discurso, é a fundamentação das teses filosóficas, apoiadas em razões ou justificadas por argumentos que constituem um todo estruturado.
– Lógica, disciplina filosófica que se dedica ao estudo das leis, princípios e regras a que devem obedecer o pensamento e o discurso para que sejam válidos.
– Argumento, sequência das proposições organizadas de tal modo que a conclusão a que chegamos tem por base outra ou outras proposições a que chamamos premissas. Os argumentos podem ser válidos ou inválidos.
– O nosso discurso tem como base três instrumentos do pensamento lógico, os raciocínios, os juízos e os conceitos.
– Estes instrumentos lógicos expressam-se verbalmente em argumentos, que são constituídos por proposições e as quais relacionam termos.