GRUPO I
1. Considere as afirmações seguintes.
1. As pessoas que não ponderam as consequências dos seus atos não merecem ter liberdade.
2. Nas democracias, os cidadãos têm mais liberdades do que nos outros regimes políticos.
(A) Nenhuma das afirmações é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
(B) Ambas as afirmações são relevantes para a discussão do problema do livre-arbítrio.
(C) Apenas a afirmação 1 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
(D) Apenas a afirmação 2 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
2. Imagine que quer ouvir música e que, em seguida, põe os auscultadores e ouve música.
De acordo com o determinismo radical, o facto de querer ouvir música
(A) é um indício de livre-arbítrio apenas se não foi sujeito a coação.
(B) não tem qualquer conexão com uma suposta vontade livre.
(C) resulta de uma causa mental independente da natural.
(D) não tem uma causa, sendo um mero produto do acaso.
3. Imagine que o Luís precisa urgentemente de medicamentos e que a única maneira de os conseguir é pedir dinheiro emprestado a um amigo rico, sem ter a intenção de lho pagar. Neste caso, o Luís decidiu adotar a máxima «faz promessas enganadoras quando não há outra forma de resolver os teus problemas pessoais».
Esta máxima pode ser usada para fazer uma crítica à ética kantiana, dado ser razoável argumentar que a máxima
(A) não é imoral, ainda que não seja racional querer universalizá-la.
(B) é imoral, ainda que venha a ter aprovação dos agentes envolvidos.
(C) não é imoral, embora seja um imperativo categórico condicional.
(D) é imoral, embora dê prioridade às consequências da ação.
4. De acordo com Mill,
(A) os prazeres físicos e sensuais nem sempre são inferiores.
(B) apenas os animais têm prazeres inferiores.
(C) devemos renunciar aos prazeres inferiores para não nos rebaixarmos à condição animal.
(D) são superiores os prazeres preferidos por quem tem competência para os apreciar.
(…)
Aqui estão quatro questões do exame nacional de Filosofia, 1.ª fase, de 2019, no Scribd podem consultar e guardar a ficha completa com todas as questões (doze no total) e as respectivas soluções.
Etiqueta: Argumentos Indutivos por Generalizações
Filosofia – Exercícios de Exame Nacional: PERCURSO B – Lógica proposicional
Lógica proposicional
Grupo I
1. Considere as condicionais seguintes.
1. Adília Lopes é poetisa se escreve rimas e quadras.
2. Escrever rimas e quadras é condição suficiente para Adília Lopes ser poetisa.
A proposição de que Adília Lopes escreve rimas e quadras
(A) é a consequente nas duas condicionais apresentadas.
(B) é a antecedente nas duas condicionais apresentadas.
(C) é a antecedente na condicional 1 e é a consequente na condicional 2.
(D) é a consequente na condicional 1 e é a antecedente na condicional 2.
2. Suponha que um argumento tem a forma P v Q, Q v R, logo P v R.
A tabela de verdade dessa forma argumentativa é a seguinte.
Atendendo aos valores de verdade apresentados na tabela, um argumento com essa forma seria:
(A) inválido, pois existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
(B) inválido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem falsas.
(C) válido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem verdadeiras.
(D) válido, pois não existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
Grupo II
1. Identifique a conclusão do argumento seguinte e a regra de inferência utilizada para chegar à conclusão.
Caronte não é um satélite natural de Plutão, pois é falso que Caronte orbite em torno de Plutão, e
orbitaria em torno de Plutão se fosse um satélite natural de Plutão.
[…]
Aqui estão apenas as três primeiras questões de exame, no Scribd podem consultar e guardar a ficha completa com todas as questões (oito no total) e as respectivas soluções
Preparação para o Exame Nacional de Filosofia: Argumentos e Falácias
2. Leia o seguinte excerto do Diálogo dos Grandes Sistemas, escrito por Galileu Galilei no século XVII, em
que as personagens Salviati e Simplício discutem a teoria aristotélica acerca do movimento.
Texto A
SALVIATI – […] Espanta-me […] que não vos apercebais que Aristóteles supõe o que precisamente
está em questão. Ora notai…
SIMPLÍCIO – Suplico-vos, Senhor Salviati, falai com mais respeito de Aristóteles. A quem
convenceríeis, aliás, de que aquele que foi o primeiro, o único, o admirável explicador da forma
silogística, da demonstração, das refutações, […] de toda a lógica, em suma, tenha podido cair num
erro tão grave como o de supor conhecido o que está em questão?
Galileu Galilei, Diálogo dos Grandes Sistemas (Primeira Jornada), Lisboa, Publicações Gradiva, 1979
1.1. Nomeie a falácia cometida por Aristóteles, segundo Salviati.
1.2. Nomeie o tipo de argumento utilizado por Simplício.
2. Leia o seguinte exemplo de uma falácia, apresentado por Carl Sagan.
Texto B
Não há nenhuma prova indiscutível de não haver OVNI a visitar a Terra; por conseguinte, os
OVNI existem – e há vida inteligente algures no universo.
Carl Sagan, Um Mundo Infestado de Demónios, Lisboa, Publicações Gradiva, 1997
Identifique a falácia presente no texto.
Justifique a resposta.
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Filosofia 11.º Ano – Exemplos de Entimemas
Exemplos de entimemas:
– Todos os homens são mortais,
Logo, Sócrates é mortal.
A premissa implícita é “Sócrates é homem.”
– Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
– Todas as pessoas honestas são sagazes.
Logo, eu sou sagaz.
A proposição omitida é “Eu sou honesto.”
– Todas as pessoas honestas são sagazes.
Eu sou honesto
Logo, eu sou sagaz.
Filosofia 11.º Ano – Entimemas
Argumento não-dedutivo: Entimemas
– Entimemas, são argumentos onde se omite uma ou mais premissas. Depois de devidamente explicitadas todas as suas premissas, podemos constatar que alguns entimemas são, na realidade, argumentos dedutivos incompletos. Um entimema é enganador se omite voluntariamente uma (ou mais) premissa(s) controversa(s).
Filosofia 11.º Ano – Exemplos de Argumentos de Autoridade
Exemplos de argumentos de autoridade:
– Einstein disse que E=mc2.
Logo, E=mc2.
– Cristiano Ronaldo diz que as chuteiras da Nike são as melhores do mundo.
Logo, as chuteiras da Nike são as melhores do mundo.
Filosofia 11.º Ano – Argumento de Autoridade
Argumento não-dedutivo: Argumento de Autoridade
– Argumento de autoridade, recorre-se à opinião de um perito ou de um especialista para reforçar a aceitação de uma determinada proposição
Filosofia 11.º Ano – Exemplos de Argumentos por Analogia
Exemplos de argumentos por analogia:
– Luís está com febre alta, dores de cabeça e muita tosse. Quando o José teve estes sintomas teve gripe.
Logo, o Luís está com gripe.
– O Universo é infinito.
A sociedade é tão complexa como o Universo.
Logo, a sociedade é infinita.
Filosofia 11.º Ano – Argumento por Analogia
Argumento não-dedutivo: Argumento por Analogia
– Argumento por Analogia, partimos de um conjunto de semelhanças relevantes entre dois elementos para atribuir a um deles uma característica observada no outro. Num mau argumento de por analogia, as semelhanças observadas não são relevantes para a característica em causa e/ou existem diferenças relevantes entre os dois elementos da comparação.
Filosofia 11.º Ano – Exemplos de Argumentos Indutivos por Previsões
Exemplos de Argumentos Indutivos por Generalizações:
– Todos os dias o sol nasceu.
Logo, amanhã o sol nascerá.
– Todo o sistema natural observado até hoje evolui para um estado de máxima desordem, correspondente a uma entropia máxima. Por conseguinte, todos os sistemas naturais que doravante observamos evoluirão para um estado de máxima desordem, correspondente a uma entropia máxima.