web analytics

Geografia – Ainda as cheias, dezembro de 2022, na cidade do Porto… O rio que corre por baixo da cidade do Porto.

Com as cheias que ocorreram em dezembro de 2022, veio à superficie um pouco da história da cidade do Porto… o rio que corre por baixo da cidade.

” Muito antes das captações de água no rio Sousa, as fontes e chafarizes da cidade do Porto eram abastecidas através de uma rede de canais subterrâneos, ainda hoje existentes, como os do manancial de Paranhos.

Passamos sobre eles centenas de vezes, mas não damos conta de que, por baixo do solo portuense, correm mananciais construídos em terreno granítico que permitiram, durante séculos, o abastecimento das fontes e chafarizes para o consumo de água.

Até 2007, foi possível visitar estes espaços, mas a Águas do Porto foi forçada a encerrar o acesso por falta de condições de segurança. Além disso, as obras do Metro interromperam um segmento dos canais, o que obriga o visitante a sair e reentrar nos túneis.

De acordo com a investigação de Alexandra Agra Amorim e João Neves Pinto, autores da obra “Porto d’Agoa” (edição conjunta dos SMAS Porto e Instituto Superior de Engenharia do Porto), a primeira referência documental ao Porto subterrâneo remonta a 1392, mas a construção do manancial de Paranhos só foi autorizada em 1597 por Filipe I a pedido do povo da cidade. Em 1607, a água já chegava ao Porto, pois este manancial encaminhava-a das três nascentes da Praça Nove de Abril, vulgo “Arca d’água”, até à actual zona baixa da cidade. O manancial de Paranhos custou 22.800.000 réis.

De construção cuidada e permitindo quase sempre a caminhada erguida, ele apresenta, a espaços, pequenas galerias com nascentes de água que alimentam o caudal corrente num aqueduto de pedra. Na Quinta de Salgueiros, aquele manancial une-se a outro (o manancial de Salgueiros) e a água passa a percorrer o subsolo da cidade numa única caleira de pedra com destino à Praça Gomes Teixeira.
Até terminarem os estudos de reabilitação não há perspectiva de reabertura destes canais aos visitantes modernos. Neste momento, está aberto um concurso para a abertura de um museu – está previsto que o Museu do Rio da Vila seja inaugurado no segundo trimestre de 2018 – e o percurso subterrâneo a partir da estação de São Bento.”

Fonte: Nationalgeographic, consultado a 7 de fevereiro de 2023.

Miguel Esteves Cardoso – No Norte têm tudo

“Os nortenhos são honestos, sinceros, directos, bem humorados e generosos. Não se importam de ser desconcertantes. Dizem o que lhes vai na alma e incitam-nos a fazer como eles, a sermos livres.”

Vai-se ao Norte e vem-se de lá com a alma lavada e os olhos a brilhar de tanta coisa bonita que lá têm. A Maria João nunca tinha ido a Braga, a Guimarães e ao Gerês e desatava a chorar cada vez que era surpreendida por uma beleza.

Chorei quando vi o rio Minho do alto do Gerês e chorei quando vi dezenas de famílias em lautas merendas com geleiras gigantes, garrafões de vinho, pessoas a dormir com a cabeça em cima da mesa, crianças a brincar, homens a cantar, mulheres a falar alto, a fazer-nos rir.

Foi a sensação de inocência que se desprendia daquela gente, a certeza que não sabiam o que aí vinha: a massificação do turismo, a expulsão dos pobres, a destruição da simplicidade, disfarçada pela falsidade do cute e do typical para consumo de ignorantes apressados que usam o Instagram para validar o encontro deles próprios com as várias pseudoculturas pelas quais passam ao de leve.

No Norte são as pessoas do Norte que nos endireitam. Quando comecei uma longa descrição do vinho que eu queria, o empregado exasperou-se: “Já está a complicar muito, porra! Fique-se com esta garrafa e não me fale mais de vinho”.

Escusado será dizer que era um vinho verde magnífico, sem indicação do ano de colheita, sem a maldição da madeira e sem desvario alcoólico. Tinha 11 graus e um bocadinho de açúcar residual. Custou nove euros.

Os nortenhos são honestos, sinceros, directos, bem-humorados e generosos. Não se importam de ser desconcertantes. Dizem o que lhes vai na alma e incitam-nos a fazer como eles, a sermos livres.

Fonte: Miguel Esteves Cardoso Público, consultado a 23 de dezembro de 2022.

Notícias: Zonas de Emissões Reduzidas (ZER) de Lisboa e Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC) do Porto

Em Portugal as zonas de emissões reduzidas são definidas por cada município. Assim, para saber que zonas estão restritas a certos veículos, ou para saber como obter autorização para circular nessas zonas, deverá consultar os sites das câmaras municipais.

Lisboa:
– ZONA DE EMISSÕES REDUZIDAS (ZER):
A circulação de veículos ligeiros com matrículas anteriores às normas Euro em vigor na ZER da cidade de Lisboa carece de autorizações da Câmara Municipal de Lisboa.
– Autorização para circulação após instalação de equipamento de redução de emissões de poluentes:
A circulação de veículos é autorizada, desde que os mesmos sejam dotados de equipamento de redução de emissões de poluentes, com instalação aprovada pelo IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes) e documentação de suporte que ateste a referida redução de emissões. Caso a documentação não refira a norma Euro que o veículo cumpre com o equipamento instalado, será considerado que o veículo melhorou a sua performance ambiental em termos de emissões de poluentes em uma Norma Euro.
(exemplo: um veículo de 1997 que cumpra a norma Euro2, após a instalação do equipamento, passará a cumprir a norma Euro3).
– Quem pode solicitar:
Pessoas singulares ou coletivas com veículos dotados de equipamento de redução de emissões de poluentes, cuja instalação esteja aprovada pelo IMT.
– Autorização especial para circulação por razões de saúde:
A circulação na ZER de Lisboa é autorizada, temporariamente, a veículos de pessoas que, por razões de saúde, comprovem que necessitam de se deslocar ao(s) local(ais) onde serão prestados os cuidados de saúde.
– Quem pode solicitar:
Pessoas singulares ou respetivos cuidadores.
– As Zonas:
Zona 1 (Eixo da Avenida da Liberdade/Baixa) – Veiculos antes da norma EURO 3 ou anteriores ao ano 2000.
Limites da zona: Limite Norte – Rua Alexandre Herculano; Limite Sul: Praça do Comércio, compreendendo a zona entre o Cais do Sodré e o Campo das Cebolas.
Horário: Dias úteis das 7h às 21h
Zona 2 (zona a sul da Avenida de Ceuta, Eixo Norte/Sul, Avenida das Forças Armadas, Avenida dos Estados Unidos da América, Avenida Marechal António de Spínola, Avenida Santo Condestável e Avenida Infante D. Henrique) – Veiculos antes da norma EURO 2 ou anteriores a 1996.
Estes limites implicam que não se pode passar destas artérias para o interior de Lisboa.
Horário: Dias úteis das 7h às 21h
Veiculos Excluidos destas restrições:
– Veículos de emergência e de pessoas com mobilidade condicionada;
– Veículos históricos (certificados pelas entidades oficiais e de acordo com o Despacho n.º 10 298/2001, de 26 de abril);
– Veículos afetos à atividade de transporte em táxi no período compreendido entre 15 de janeiro e 30 de junho de 2015;
– Veículos pertencentes a residentes quanto ao disposto na alínea a), com dístico de estacionamento de residente das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada (ZEDL) n.os 5, 12 e 13; veículos pertencentes a residentes na cidade de Lisboa, quanto ao disposto na alínea b);
– Veículos a gás natural, GPL e motociclos;
– Veículos de polícia;
– Veículos militares;
– Veículos de transporte de presos;
– Veículos blindados de transporte de valores.

Mapa – ZERs de Lisboa.

Porto

Zonas de Acesso Automóvel Condicionado
Para permitir acolher em condições de conforto e de segurança os grandes fluxos e concentração de pessoas às zonas de maior procura, o Município do Porto tem delimitadas algumas Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC) onde o acesso, a circulação rodoviária, a paragem e o estacionamento dentro dos seus limites estabelecidos, estão sujeitos a regulação.

Como garantia da segurança e qualidade de vida de todos os que habitam, trabalham e visitam a cidade, pretende-se que, nas zonas Cedofeita, Flores, Ribeira e Santa Catarina, que se situam essencialmente no Centro Histórico, o acesso automóvel seja feito de forma condicionada e sujeito ao registo numa plataforma desenvolvida para o efeito – ZAACPorto .

O sistema de validação do acesso condicionado, nas zonas Cedofeita, Flores, Ribeira e Santa Catarina, está previsto iniciar no dia 16 de janeiro e para garantir o acesso deverá efetuar o registo na plataforma ZAACPorto em https://zaac.cm-porto.pt/ .


Mapa – ZAAC do Porto

Fontes:
egov.pt, consultado a 11 de julho de 2022.
C.M.Lisboa, consultado a 11 de julho de 2022.
C.M.Porto, consultado a 11 de julho de 2022.
ZAAC-Porto, consultado a 11 de julho de 2022.
Comissão Europeia, consultado a 11 de julho de 2022.
Jornal de Negócios, consultado a 11 de julho de 2022.

Geografia 10.º Ano – Quadro estatístico de Lisboa e Porto

Quadro estatístico de Lisboa e Porto

Fonte: Pordata, consultado a 28 de abril de 2019

Notícias – Metro do Porto vais crescer no Porto e em Gaia

Metro vai crescer no Porto e em Gaia

O Metro do Porto vai contar com duas novas linhas em 2021, uma entre as estações da Casa da Música e S.Bento, no centro da cidade, e outra que prolongará a linha amarela entre Santo Ovídio e Vila d’ Este, em Vila Nova de Gaia.
O Negócios sabe que é esta a proposta de expansão da rede que o conselho de administração da Metro do Porto vai debater e aprovar esta terça-feira. Das possibilidades que foram analisadas, aquelas duas ligações foram que mais se aproximaram ao pretendido pela empresa e pelo Governo em termos de custos e de procura.
O investimento nestas novas linhas totaliza os 287 milhões de euros, cumprindo a dotação orçamental máxima de 290 milhões prevista para a expansão da rede, que serão financiados através do Plano Juncker. Na construção da linha rosa, que terá ainda estações na praça da Galiza e Hospital de Santo António, o investimento será de 181 milhões, enquanto o prolongamento da linha amarela para Sul está previsto custar 106 milhões.

Fonte: Jornal de Negócios, consultado a 6 de fevereiro de 2017