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Exame Nacional Filosofia 2019 – 1.ª Fase: Escolhas Múltiplas

GRUPO I
1. Considere as afirmações seguintes.
1. As pessoas que não ponderam as consequências dos seus atos não merecem ter liberdade.
2. Nas democracias, os cidadãos têm mais liberdades do que nos outros regimes políticos.
(A) Nenhuma das afirmações é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
(B) Ambas as afirmações são relevantes para a discussão do problema do livre-arbítrio.
(C) Apenas a afirmação 1 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
(D) Apenas a afirmação 2 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
2. Imagine que quer ouvir música e que, em seguida, põe os auscultadores e ouve música.
De acordo com o determinismo radical, o facto de querer ouvir música
(A) é um indício de livre-arbítrio apenas se não foi sujeito a coação.
(B) não tem qualquer conexão com uma suposta vontade livre.
(C) resulta de uma causa mental independente da natural.
(D) não tem uma causa, sendo um mero produto do acaso.
3. Imagine que o Luís precisa urgentemente de medicamentos e que a única maneira de os conseguir é pedir dinheiro emprestado a um amigo rico, sem ter a intenção de lho pagar. Neste caso, o Luís decidiu adotar a máxima «faz promessas enganadoras quando não há outra forma de resolver os teus problemas pessoais».
Esta máxima pode ser usada para fazer uma crítica à ética kantiana, dado ser razoável argumentar que a máxima
(A) não é imoral, ainda que não seja racional querer universalizá-la.
(B) é imoral, ainda que venha a ter aprovação dos agentes envolvidos.
(C) não é imoral, embora seja um imperativo categórico condicional.
(D) é imoral, embora dê prioridade às consequências da ação.
4. De acordo com Mill,
(A) os prazeres físicos e sensuais nem sempre são inferiores.
(B) apenas os animais têm prazeres inferiores.
(C) devemos renunciar aos prazeres inferiores para não nos rebaixarmos à condição animal.
(D) são superiores os prazeres preferidos por quem tem competência para os apreciar.
(…)
Aqui estão quatro questões do exame nacional de Filosofia, 1.ª fase, de 2019, no Scribd podem consultar e guardar a ficha completa com todas as questões (doze no total) e as respectivas soluções.

Filosofia 10.º Ano – Exame Nacional: Livre-Arbítrio, Determinismo Moderado, Determinismo Radical, Libertismo

Exame Nacional: Livre-Arbítrio, Determinismo Moderado, Determinismo Radical, Libertismo
1 – Na Europa, ao contrário de noutras partes do mundo, a grande maioria das pessoas julgaria o castigo por apedrejamento como horrendo e profundamente errado. Para algumas pessoas isso mostra que estas questões são relativas. […]
A respeito do apedrejamento, os relativistas [morais] por vezes concluem enganadoramente que é errado interferirmos nas práticas de outro país. Se essa conclusão é apresentada como uma afirmação não relativa, nomeadamente a de que interferir é errado, […] então contradiz a afirmação relativista de que todos os juízos morais são relativos. Tais relativistas não podem manter consistentemente a sua posição. Essa é uma razão clara para rejeitar o seu relativismo.
P. Cave, Duas Vidas Valem Mais Que Uma?, Alfragide, Academia do Livro, 2008, pp. 85-87 (adaptado)
1.1 – O autor do texto apresenta um argumento contra o relativismo moral. Explique esse argumento.
1.2 – O relativismo moral é usado para defender a tolerância. Apresente razões dos relativistas morais a favor da tolerância.
Tópicos de correção:
1.1 –
– os relativistas (morais) defendem que todos os juízos morais são relativos (ou seja, defendem que os juízos morais são verdadeiros ou falsos em relação a uma cultura / o valor de verdade dos juízos morais depende da cultura a que se pertence);
– ao mesmo tempo, os relativistas (morais) defendem que é sempre errado interferir nas práticas de outras culturas (por exemplo, condenando essas práticas);
– se é verdade que todos os juízos morais são relativos, então também é relativo o juízo de que é errado interferir nas práticas de outras culturas; por outro lado, se é absolutamente verdadeiro o juízo de que é errado interferir nas práticas de outras culturas, então nem todos os juízos morais são relativos;
– os relativistas (morais) contradizem-se quando afirmam que todos os juízos morais são relativos e, ao mesmo tempo, apresentam como uma verdade não relativa (absoluta) o juízo de que é errado interferir nas práticas de outras culturas.
1.2 –
– temos uma tendência (errada) para pensar que as preferências e as práticas da nossa sociedade são moralmente certas / se fundamentam em valores absolutos;
– porém, muitas dessas preferências e práticas não passam de padrões culturais;
– os padrões culturais das outras sociedades são apenas diferentes e não são moralmente piores (nem melhores) do que os padrões culturais da nossa sociedade;
– é errado tentarmos impor as preferências e as práticas da nossa sociedade às outras sociedades / é errado sermos intolerantes.

Filosofia 10.º Ano – Questões de Exame Nacional: Livre-Arbítrio, Determinismo Moderado, Determinismo Radical, Libertismo

Questões de Exame Nacional de Filosofia
– Livre-Arbítrio, Determinismo Moderado, Determinismo Radical, Libertismo
Questões de Desenvolvimento:
1 – Compare a perspetiva dos deterministas radicais com a perspetiva dos deterministas moderados acerca da responsabilidade moral.
1.1 – Na sua resposta, comece por explicitar as teses do determinismo radical e do determinismo moderado.
2 – Poderá a consciência da nossa liberdade ser uma ilusão?
2.1 – Responda à questão proposta.
Na sua resposta:
– apresente inequivocamente a sua posição;
– argumente a favor da sua posição.
Fonte: IAVE, consultado a 18 de junho de 2017

Filosofia 10.º Ano – O problema do livre-arbítrio

– A acção humana – análise e compreensão do agir:
• O Problema do livre-arbítrio.
– Livre-arbítrio, é a possibilidade de escolha e autodeterminação, ao ato voluntário, autónomo e independente de qualquer coação externa ou interna.
– A existência de qualquer força interna ou externa que não conseguimos controlar, pode-nos fazer duvidar de que tenhamos livre-arbítrio.
– O problema do livre-arbítrio consiste em saber se a liberdade humana em termos de optar, é ou não compatível com outras forças que a parecem anular.