O edifício Jardim, mais conhecido como Prédio Coutinho, tem uma longa e polémica história já desde a década de 70, que data a época da sua construção. A narrativa implica a venda de parte do terreno, onde existia na altura, o antigo mercado municipal. Pelo espaço, Fernando Coutinho fechou negócio por 7500 contos, isto é, o equivalente a 37 410€.
Um ano depois, em 1973, o novo proprietário apresentou o projeto à Câmara Municipal de Viana do Castelo, que o aprovou. Os problemas surgem depois, em junho do mesmo ano, quando é “criada uma portaria governamental que estabelece a Zona Arqueológica de Viana do Castelo e da qual faz parte o terreno do antigo mercado municipal”. O que significa que a partir de então todos os projetos naquela zona necessitariam de aprovação da Direcção-Geral dos Assuntos Culturais (DGAC).
Pouco tempo depois, a DGAC alegou que a obra do prédio Coutinho avançou sem “autorização superior”. Em 1975, conhece-se assim o primeiro pedido de demolição, tendo sido apenas em 2000 que o pedido chega oficialmente, através do Programa Polis.
21 anos depois, entre lutas judiciais às quais o prédio Coutinho tem sobrevivido, colocou-se, neste ano, um ponto final. O início das obras de demolição do edifício vai acontecer entre setembro ou outubro e no espaço prevê-se a construção do novo mercado municipal de Viana do Castelo. “Terá dois andares, 28 lojas e 56 bancas, espaços destinados a atividades criativas e 160 bancas exteriores de venda para produtores do concelho”, explicou em maio o Jornal de Notícias.
Viana do Castelo: Antes e depois do Prédio Coutinho.
Fonte: NIT e JN, consultado a 29 de dezembro de 2023. Fotografia: Olhar Viana do Castelo, consultado a 29 de dezembro de 2023.