– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Crença, Verdadeira, Justificada
– Crença, é a condição necessária para o conhecimento proposicional, porque não podemos saber que P (sendo que P é uma dada proposição) sem acreditar em P.
– Verdade, é uma condição necessária para o conhecimento proposicional, porque não podemos saber que P se P for falsa.
– Justificação, é uma condição necessária para o conhecimento proposicional porque não podemos dizer que sabemos que P se não tivermos razões para acreditar que P, temos o dever de acreditar em P.
– Podemos dizer que ao nível do conhecimento proposicional, a crença (atitude de adesão a uma determinada proposição, tomando-a como verdadeira) é uma condição necessária do conhecimento, mas não é uma condição suficiente: a verdade e a justificação da crença são condições necessárias.
– Crença, Verdade e Justificação, em conjunto, constituem condições necessárias e suficientes para o conhecimento.
Categoria: Filosofia
Filosofia 11.º Ano – Tipos de Conhecimento: Conhecimento por Contacto, Conhecimento Prático, Conhecimento Proposicional
– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Tipos de conhecimento: Conhecimento por Contacto, Conhecimento Prático, Conhecimento Proposicional
– Conhecimento por Contacto, é o conhecimento direto de alguma realidade: pessoas, lugares, entre outros.
• Exemplos de Conhecimento por Contacto: Conhecer a cidade do Porto, conhecer o Presidente da República.
– Conhecimento Prático ou Saber-fazer, é o conhecimento de atividades, ligado à capacidade, aptidão ou competência para fazer alguma coisa.
• Exemplos de Conhecimento Prático: Saber cozinhar, saber nadar, saber dançar.
– Conhecimento Proposicional ou Saber-que, é o conhecimento que tem por objeto proposições ou pensamentos verdadeiros.
• Exemplos de Conhecimento Proposicional: Eu sei que Platão era grego, a Lua é um satélite da Terra.
Filosofia 11.º Ano – Relação Sujeito e Objeto
– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Estrutura do ato de conhecer
» Relação Sujeito – Objeto
– O conhecimento é aquilo que acontece quando um sujeito apreende um objeto.
– Para que haja conhecimento, é necessário que existam dois elementos fundamentais: o Sujeito (aquele que conhece) e o Objeto (aquilo que é conhecido).
– Sem a presença do Sujeito e do Objeto, o conhecimento não é possível.
– Correlação, o sujeito só é sujeito em relação a um objecto e este só é objeto em relação a um sujeito.
– Irreversível, não existe a possibilidade de o Objeto se converta em Sujeito ou que o Sujeito se converta em Objeto.
– Apreensão, construção ou reprodução, por parte do Sujeito, de uma imagem mental do Objeto.
Filosofia 11.º Ano – Argumentação, Verdade e Ser
– Argumentação e Filosofia
• Argumentação, Verdade e Ser
– Argumentação é fundamental para atividade filosófica, que procura uma visão integrada do real, uma compreensão da realidade no seu todo, do ser, dedicando-se, por isso, à busca da verdade.
– Existem vários discursos sobe a realidade e a cada um deles corresponde uma interpretação do ser ou da realidade que pretende ser verdadeira.
– A filosofia socrático-platónica exigia encontrar a Verdade – única, absoluta e universal, capaz de dizer uma realidade absoluta, perfeita e imutável – e, por isso, criticava fortemente a retórica sofistica, por esta dar espaço ao subjetivismo e ao relativismo.
Filosofia 11.º Ano – Sofistas e Filósofos
– Argumentação e Filosofia
• Filosofia, Retórica e Democracia
• Sofistas e Filósofos
– Sofistas: um exemplo do mau uso da retórica
• Professor itinerante que se faz pagar pelos seus serviços.
• Centrado na forma do discurso.
• Desenvolve a habilidade de persuadir.
• Procura o discurso eficaz.
• Entende a verdade à medida das circunstâncias individuais.
• Subjetivismo e relativismo.
• A verdade é relativa ao ponto de vista de cada sujeito.
• Baseia o discurso em opiniões e aparências.
• Ensina uma técnica.
– Sócrates: um bom uso da retórica
• Amante do saber.
• Centrado no conteúdo do discurso.
• Procura o discurso verdadeiro.
• Entende a verdade como existe em si.
• Baseia o discurso na Verdade e no Bem.
• Procura a verdade absoluta.
– A retórica de Sócrates apresenta três características:
• Ironia, tem em vista combater a atitude de ter últimas palavras e certezas infalíveis, fazendo-nos lembrar que afinal erramos e que nada sabemos de uma forma totalmente inabalável.
• Maiêutica, a discussão socrática não visa desqualificar ou difamar o outro, mas sim ajudá-lo, libertá-lo e abri-lo à verdade.
• Diálogo, nesta característica, Sócrates convida os seus interlocutores a pensarem cuidadosamente nas ideias, a reverem as suas opiniões, a refletirem melhor sobre aquilo que eles acham que sabem e que normalmente não passa de um mero preconceito. Para Sócrates, é no diálogo que está a própria atividade filosófica.
Filosofia 11.º Ano – Persuasão e Manipulação
– Argumentação e Filosofia
• Distinção de Persuasão e Manipulação
– Persuasão é a prática do discurso que tem como finalidade levar alguém a mudar de ideias, mas pressupondo a livre adesão do auditório à tese que o orador pretende que seja acolhida por ele.
– Manipulação, consiste em levar alguém a aceitar uma tese sem avaliar criticamente as razões que existem a favor ou contra ela.
Filosofia 10.º Ano – A dimensão pessoal e social da ética
– A dimensão ético-política – análise e compreensão da experiência convivencial
• A dimensão pessoal e social da ética.
– Ética, tem como objectivo compreender a moralidade. É a reflexão sobre a moral, visando fundamentar o agir humano.
– É na simbiose entre aspetos individuais (dimensão pessoal da ética) e sociais (dimensão social da ética) que encontramos a matéria para responder às questões e problemas éticos.
– O comportamento moral resulta das ações desenvolvidas pelo sujeito, que é um sujeito simultaneamente singular e social. É na relação com o outro e com as diferentes instituições que o sujeito moral se constrói.
– Enquanto ser singular, cada ser humano revela a sua individualidade e intencionalidade. Assume por convicção própria aderir ou não, às normas e valores vigentes na sua comunidade e cultura. É neste sentido que dizemos que o sujeito moral é uma pessoa livre, autónomo, consciente, livre, autónomo, responsável, com dignidade e abertura.
– Consciência moral, é através de outros, das instituições que as normas, os princípios morais são interiorizados.
– Alteridade, não seriamos verdadeiramente humanos sem a presença do outro nas nossas vidas.
– Egoísmo ético, considera que o objetivo das nossas ações é a promoção do bem pessoal, por isso devemos fazer aquilo que é bom para nós mesmos.
– Egoísmo psicológico, todas as ações humanas são motivadas por interesses particulares.
– No interior da sociedade ocorrem situações de conflito e de cooperação entre os indivíduos.
– Responsabilidade legal, o sujeito desenvolve a sua consciência sem revelar autonomia face às normas e leis.
– Responsabilidade moral, o sujeito revela-se como um ser livre, autónomo, escolhendo as normas e os princípios fundamentais.
Filosofia 10.º Ano – Ética e Norma Moral
– A dimensão ético-política – análise e compreensão da experiência convivencial
• Intenção ética e norma moral.
– Moralidade, é uma das características do ser humano. Corresponde a essa dimensão das ações humanas que não se confunde nem se limita ao cumprimento da regra e normas estabelecidas em sociedade.
– A moralidade surge da necessidade de encontrar-mos razões que justifiquem as nossas ações.
– Normas morais, são regras adotadas em sociedade que regulam e orientam o comportamento e permitem aos indivíduos distinguir ações corretas das incorretas.
– As normas morais não são impostas de forma absoluta e incondicional ao sujeito, ou seja, não elimina a sua liberdade nem a sua responsabilidade. Por este motivo, devemos distinguir normas morais de intenção.
– Ética, tem como objetivo compreender a moralidade. É a reflexão sobre a moral, segundo conjunto de normas e de juízos vigentes numa determinada sociedade, visando fundamentar o agir humano.
– A ética tem diferentes áreas de reflexão:
• Ética normativa, procura encontrar os princípios morais fundamentais que orientam a conduta humana e que permitem distinguir as ações corretas das incorretas.
• Metaética, procura descobrir a origem, a natureza e o significado dos princípios éticos.
• Ética aplica, analisa casos particulares, como o tratamento das minorias étnicas, questões ambientais, guerra nuclear, entre outros, na tentativa de indicar soluções possíveis para esses problemas.
Filosofia 10.º Ano – Etnocentrismo, Relativismo Cultural, Tolerância
10.º ano
– Valores e valoração – a questão dos critérios valorativos:
• Etnocentrismo, Relativismo Cultural, Tolerância.
– Etnocentrismo, visão centrada ou egocêntrica de uma cultura em relação às outras. Avalia as outras culturas a partir de si própria, dos seus valores e padrões de comportamento.
– O etnocentrismo promove a assimilação:
• As culturas dominantes tendem a impor os seus valores e modelos de comportamento às culturas minoritárias.
• Esta imposição pode ter como consequências, o racismo a xenofobia, nacionalismo exagerado.
– Relativismo cultural, aceita e respeita a diversidade cultural. Cada cultura só pode ser avaliada a partir de dentro, isto é, dos seus valores, ideias e padrões de comportamento.
– O relativismo cultural promove a separação:
• Há diferentes culturas que se toleram, mas que vivem de costas voltadas, sem contacto entre si, e que tendem a separar-se ou isolar-se
• Esta separação tem como consequências a ocorrência de fenómenos de segregação, como por exemplo, os guetos.
– O relativismo cultural apela à tolerância para com o outro culturalmente diferente.
– Ser tolerante significa, neste sentido, conviver pacificamente com os outros, respeitando as suas diferenças.
– A tolerância defendida pelo relativismo é classificada como passividade face ao outro, ou mera simpatia.
– A tolerância só pode existir segundo condições próprias: as da disponibilidade para o diálogo e para o raciocínio honesto.
– Os problemas culturais exigem outro tipo de resposta, surgem atualmente propostas que defendem o diálogo intercultural, a cooperação solidária e a defesa da dignidade humana.
– A atitude intercultural, que pretende ultrapassar as limitações das atitudes etnocêntrica e relativista, defende:
• Reconhece a natureza plural e diversificada da cultura humana.
• Promove o contato entre as diferentes culturas.
• Acredita que existem vínculos que unem as diferentes comunidades.
• Defende ser possível compartilhar valores e estabelecer normas de convivência.
• Assume a universalidade dos direitos humanos.
• Exige a prevenção de conflitos.
• Aposta na educação para a interculturalidade.
– O respeito pelos direitos humanos convida ao diálogo, à tolerância e à solidariedade.
Filosofia 10.º Ano – A dimensão social e cultural dos valores
– Valores e valoração – a questão dos critérios valorativos:
• A dimensão social e cultural dos valores.
– Cultura, é o conjunto de manifestações materiais e imateriais que refletem a especificidade de um grupo de indivíduos na sua maneira de sentir, pensar e agir.
– A cultura é um fenómeno universal presente em todos os tempos e regiões do planeta habitadas pelo Homem.
– A cultura surge:
• Como resposta às suas necessidades mais imediatas, como a sobrevivência.
• Ação dos indivíduos em sociedade, condição da sua adaptação ao meio natural e social.
• Aperfeiçoamento da própria dimensão natural do Homem.
– Diferentes culturas podem corresponder a diferentes critérios valorativos e diferentes atitudes face à diversidade cultural.