Exame Nacional de Geografia 2020 – Época Especial
Questão 10
10. Portugal é um país muito diverso. O povoamento do território é uma dessas marcas. Os últimos anos mantiveram a tendência de despovoamento do país rural a favor das áreas urbanas e do litoral.
Fonte: Os portugueses em 2030, 2013, Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos, p. 149.
A Figura 5 representa a variação da densidade populacional, por município, na região Norte, entre 2011 e 2016.
10.1. De acordo com a Figura 5, os municípios da AMP que perderam mais de 10 hab./km2 foram, entre outros,
(A) Maia, Valongo e Vila do Conde.
(B) Póvoa de Varzim, Matosinhos e Vila Nova de Gaia.
(C) Maia, Póvoa de Varzim e Matosinhos.
(D) Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
10.2. O número de municípios da região Norte, observados na Figura 5, que registaram um aumento da densidade populacional foi
(A) 3.
(B) 14.
(C) 30.
(D) 39.
10.3. Explique duas medidas socioeconómicas que contribuem para inverter a variação da densidade populacional, observada na Figura 5, na maioria dos municípios de Trás-os-Montes.
10.4. O valor da variação da densidade populacional do município do Porto, entre 2011 e 2016, explica-se, entre outras razões,
(A) pela aposta no desenvolvimento do transporte rodoviário particular.
(B) pelo aumento da renda locativa na área urbana.
(C) pela aposta da autarquia na organização de eventos com projeção local.
(D) pelo processo de turistificação nas áreas suburbanas.
Correcção: AQUI
Fonte: Iave, consultado a 10 de setembro de 2021.
Etiqueta: Taxa de Mortalidade
Exame Nacional de Geografia 2020 – 2.ª Fase – União Europeia, Taxa de Crescimento Efetivo e Fecundidade
Exame Nacional de Geografia 2020 – 2.ª Fase – Versão 1
Questões 1-2
1. Na União Europeia (UE), o ritmo de crescimento da população, nos últimos anos, constitui uma ameaça à
coesão e à competitividade das diferentes regiões europeias.
A Figura 1 representa a taxa de crescimento efetivo (‰), por NUTS III, nos Estados-membros da UE, em
2017.
1.1. De acordo com a Figura 1, dois dos Estados-membros da UE em que a maioria das suas NUTS III apresentam uma taxa de crescimento efetivo superior à média da UE são
(A) a Polónia e o Reino Unido.
(B) a Finlândia e a República Checa.
(C) a Irlanda e a Suécia.
(D) a Dinamarca e Portugal.
1.2. O valor da taxa de crescimento efetivo registado nas NUTS III da Península Ibérica, em 2017, observável na Figura 1, permite-nos afirmar que,
(A) na maioria das unidades territoriais de Portugal continental, a taxa de mortalidade foi superior à taxa de natalidade.
(B) nas unidades territoriais do litoral do sudeste de Espanha, o somatório da taxa de crescimento natural e da taxa de crescimento migratório foi positivo.
(C) nas unidades territoriais do litoral de Portugal continental, a taxa de crescimento natural e a taxa de crescimento migratório foram ambas negativas.
(D) na maioria das unidades territoriais do sudeste de Espanha, a taxa de natalidade foi superior à taxa de mortalidade.
1.3. A taxa de crescimento efetivo superior a 6‰ nas NUTS III dos Estados-membros da UE, observada na Figura 1, tem impactes noutros indicadores demográficos, porque ocorre um
(A) decréscimo da esperança de vida aos 65 anos, se aumentar a população idosa.
(B) aumento do índice de dependência de jovens, se o efetivo de população adulta se mantiver.
(C) decréscimo do índice sintético de fecundidade, se a população for predominantemente feminina.
(D) aumento do rejuvenescimento, se a população jovem for predominantemente emigrante.
2. A redução da fecundidade em Portugal constitui um problema sociodemográfico, na medida em que compromete, a médio e a longo prazo, o desenvolvimento do país.
Duas estratégias que podem ser implementadas de modo a aumentar a fecundidade em Portugal são:
A – criar incentivos para a redução da idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho;
B – atribuir apoios às famílias com dois ou mais filhos.
Selecione uma das estratégias, A ou B. De acordo com a estratégia selecionada, apresente duas medidas, explicando de que modo contribuem para aumentar a fecundidade em Portugal.
Correcção: AQUI
Fonte: Iave, consultado a 10 de setembro de 2021.
Geografia: Observatório das Migrações
Indicadores de Integração de Imigrantes
RELATÓRIO ESTATÍSTICO ANUAL 2020
Exemplos de dados estátiscos que podem ser encontrados no relatório estatístico de 2020.
Mapa-1.1.-Populacao imigrante em percentagem da populacao total em 2019.
Quadro 1.1. Importância relativa da população estrangeira por total de residentes, a 1 de janeiro de 2019
Gráfico 1.7. Movimentos de entrada (imigração) e saída (emigração) permanente de Portugal,
Gráfico 1.8. Saldos migratórios nos países da União Europeia (UE28), em 2011, 2017, 2018 e 2019
Exemplos: Relatório
Fonte: Observatório das Migrações, consultado a 9 de setembro de 2021.
Exame Nacional de Geografia 2020 – 1.ª Fase – Esperança Média de Vida, Cidades e Áreas Metropolitanas
Exame Nacional de Geografia 2020 – 1.ª Fase – Versão 1
Questões 1 – 2
1. O Instituto Nacional de Estatística (INE), nas estatísticas demográficas, considera dois indicadores para a esperança de vida (a esperança de vida à nascença e a esperança de vida aos 65 anos).
As Figuras 1A e 1B representam a variação espacial da esperança de vida à nascença e aos 65 anos, em Portugal continental, por NUTS III, no período 2014-2016.
A partir da análise da Figura 1A, associe cada letra do intervalo de idades, da coluna I, ao(s) número(s) da NUTS III, da coluna II, que lhe corresponde(m).
1.2. Da análise da Figura 1B, podemos inferir que, em Portugal continental, é expectável que um indivíduo com 65 anos consiga atingir, em média, uma idade
(A) superior a 84 anos.
(B) entre os 82 e os 84 anos.
(C) entre os 80 e os 82 anos.
(D) inferior a 80 anos.
1.3. De acordo com as Figuras 1A e 1B, é expectável que um indivíduo que nasça em 2016 viva, em média, até uma idade menos avançada do que um indivíduo que, no mesmo ano, tenha 65 anos.
Esta variação pode ser explicada, principalmente, pela
(A) adoção de hábitos alimentares mais saudáveis por parte dos jovens.
(B) inovação tecnológica na área da medicina pediátrica e geriátrica.
(C) maior exposição dos jovens e dos adultos a fatores de risco.
(D) falta de acompanhamento médico regular no período pré-natal.
1.4. Na atualidade, discute-se o prolongamento da idade da reforma associado ao aumento da esperança de vida, devido, principalmente, à necessidade de
(A) elevar o número de contribuintes ativos.
(B) assegurar a formação intergeracional de ativos.
(C) aumentar a percentagem de ativos qualificados.
(D) proporcionar o envelhecimento ativo.
2. Nas cidades das áreas metropolitanas, há um elevado número de idosos em situação de isolamento ou de abandono, para os quais há necessidade de intervenção social.
Refira duas medidas, justificando como podem dar resposta ao problema do isolamento dos idosos nas cidades das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Correcção: AQUI
Fonte: IAVE, consultado a 8 de setembro de 2021
Geografia 10.º Ano – Pandemia fez cair a natalidade em Portugal
Pandemia fez cair a natalidade em Portugal
É possível que 2021 e o início de 2022 sejam os anos deste século com menor indicador de fecundidade em Portugal, que pela primeira vez pode ficar abaixo dos 80 mil nascimentos.
Dados preliminares de um estudo indicam uma descida de 6,6% na taxa bruta do nosso país.
Um declínio visível noutros países do sul da Europa, sobretudo em Itália, onde os nascimentos caíram 9,1% e Espanha com menos 8,4%.
Notícia completa com vídeo: Notícia + Vídeo
Fonte: RTP, consultado a 31 de agosto de 2021.
Geografia – Exercício de preparação para o Exame Nacional (Aprendizagens Essenciais) – A população: evolução e diferenças regionais
Sugestão de preparação para o Exame Nacional de Geografia.
Ler e definir os seguintes conceitos do Tema 1. A população, utilizadora de recursos e organizadora de espaços
Subtema: A população: evolução e diferenças regionais:
Conceitos: crescimento natural, saldo migratório, taxa de natalidade, taxa de mortalidade, taxa de mortalidade infantil, esperança de vida à nascença, crescimento efetivo, estrutura etária, taxa de fecundidade, índice de renovação de gerações, índice sintético de fecundidade,
envelhecimento demográfico, índice de dependência de idosos, índice de dependência de jovens, nível de qualificação profissional, estrutura
ativa, desemprego, emprego temporário, taxa de alfabetização, taxa de desemprego, tipos de emprego, desenvolvimento sustentável, qualidade
de vida.
Exemplo de Exercício:
1. Lê e comenta a seguinte afirmação.
“Devem considerar-se três causas fundamentais para o envelhecimento demográfico verificado em Portugal. Por um lado a retração do número de filho. Por outro lado, a diminuição da mortalidade ou o controlo da mortalidade precoce tem induzido ao aumento da esperança média de vida, conduzindo a um maior número de indivíduos com idades mais avançadas. Finalmente, uma terceira causa (mais indireta) que diz respeito aos fluxos migratórios – a saída de população, especialmente de determinados grupos etários (e.g. em idade ativa e em idade fértil), não compensada pela entrada de imigrantes. Adaptado de Oliveira e Gomes.
Fonte: Obervatório das Migrações, consultado a 11 de abril de 2021.
Geografia 8.º Ano – Evolução da População Mundial
1. Observa atentamente o gráfico da Evolução da população mundial.
Ficha completa no Scribd: Ficha Completa
Notícias – Geografia: Nascem menos crianças e 2020 poderá ser o pior dos últimos cinco anos.
Realizaram-se 78.374 testes do pezinho até dezembro deste ano, menos 2340 do que em 2019. Significa que a natalidade em Portugal poderá recuar a 2015, quando nasceram 85 mil crianças.
Em novembro, 6665 recém-nascidos fizeram o teste do pezinho, menos 378 do que no mesmo mês de 2019. A diferença negativa tem sido uma constante em grande parte dos meses de 2020, especialmente em outubro, quando se fizeram 7329 testes, menos 1247 do que no mesmo mês do 2019.
Outubro é habitualmente um mês com muitos nascimentos, ultrapassando os oito mil testes do pezinho nos últimos dois anos.
Nos primeiros 11 meses do ano, realizaram-se 76.474 testes, menos 2340 do que em igual período de 2019. Este é um rastreio que é feito a todos os recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional do Diagnóstico Precoce, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
E, neste ano, os dados obtidos até agora apontam para uma quebra significativa na taxa de natalidade de Portugal comparativamente com 2019, recuando mesmo até 2015. Nesse ano, nasceram 85.056 crianças, subiu para 87.577 em 2016, voltou a descer no ano seguinte, para registar 87.364 no ano passado.
Uma oscilação por centenas de testes nos últimos cinco anos, o que não se verifica em 2020. E, segundo o demógrafo Jorge Malheiros, não há esperanças de que dezembro traga uma grande recuperação a nível da taxa de natalidade por serem já os “bebés da pandemia”.
“Num contexto de contração económica muito forte, cheio de riscos e de incertezas, as pessoas retraem-se, vemos como a natalidade desceu na última crise financeira. Podendo hoje regular a fecundidade, decidir ter ou não filhos, decidem não ter filhos em situações de incerteza. Será difícil recuperar nos próximos meses dado o contexto de tensão social, a incerteza sanitária e o decréscimo económico. O discurso é sempre ‘o pior ainda não chegou’.”
Crises incompatíveis com filhos
O número de nascimentos em Portugal baixou significativamente a partir de 2008, ficando-se pelos 82.367 em 2014, o valor mais baixo de sempre. A partir dai, tem vindo sempre a subir, com pequenas oscilações.
Os testes realizados em janeiro de 2020 (80.432) indicavam que este poderia ser um bom ano para a recuperação demográfica do país, mas desceu bastante em fevereiro, o mês tem menos dias. Em março e abril fizeram-se mais análises do que nos mesmos meses de 2019, a partir daqui foi sempre a descer.
Em termos geográficos, são os grandes centros urbanos a registar mais nascimentos: o distrito de Lisboa (22.925) tem 37% mais testes do que o do Porto (14.396). Seguem-se Braga (6058), Setúbal (5962) e Faro (3983) com mais crianças., o que é uma constante nos cinco distritos com mais crianças.
Em sentido oposto, encontram-se as regiões do interior, com Bragança e Portalegre a registar taxas de natalidade muito baixas, ficando-se pelos 529 e 575 testes respetivamente. Ou seja, em todos os 12 concelhos de Bragança, a média de nascimentos é de 1,44 nados-vivos por dia.
Com o número de óbitos a aumentar, muitos devido à pandemia, o saldo natural da população portuguesa será ainda mais negativo do que em anos anteriores. Outra certeza é, também, o envelhecimento da população. Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que em 2019 havia 161,1 idosos (65 ou mais anos) para cem jovens (entre os 0 e 14 anos).
O índice sintético de fecundidade em 2019 foi de 1,42 crianças por mulher em idade fértil.
Fonte: Diário de Notícias, consultado a 18 de dezembro de 2020.
Geografia 10.º ano – Sico (SICO – Sistema de Informação de Certificados de Óbito)
Uma ferramenta para estudar a mortalidade em Portugal e os efeitos no crescimento natural.
SICO – Sistema de Informação de Certificados de Óbito
O SICO (Sistema de Informação dos Certificados de Óbito) é o sistema de informação de mortalidade em Portugal instituído pela Lei nº 15/2012 de 3 de Abril.
A finalidade do SICO é permitir a articulação das entidades envolvidas no processo de certificação dos óbitos, garantindo uma adequada utilização dos recursos, melhoria da qualidade, do rigor da informação e rapidez de acesso aos dados em condições de segurança e no respeito pela privacidade dos cidadãos.
Os objetivos deste sistema são:
A desmaterialização dos certificados de óbito;
O tratamento estatístico das causas de morte;
A atualização da base de dados de utentes do Serviço Nacional de Saúde;
A emissão e a transmissão eletrónica dos certificados de óbito às conservatórias do Instituto de Registos e Notariado para efeitos de elaboração dos assentos de óbito.
A Direção-Geral da Saúde é a entidade responsável pela gestão e tratamento da base de dados do SICO e garante a vigilância epidemiológica da mortalidade identificando situações de risco para a saúde pública e a codificação das causas de morte de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e problemas relacionados com a saúde – 10ª revisão (CID-10). A manutenção e o desenvolvimento da aplicação informática de suporte ao SICO são assegurados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
Site: Sico – eVM
Notícia: População portuguesa aumenta pela primeira vez em 10 anos devido à imigração
População portuguesa aumenta pela primeira vez em 10 anos devido à imigração.
Estão a imigrar mais pessoas para Portugal e a emigração também está a diminuir. O número de nascimentos baixou, mas a redução de óbitos foi maior.
O número de imigrantes a residir em Portugal aumentou em mais de 40 mil no ano passado, o que permitiu mais do que compensar o continuado decréscimo natural (nascimentos menos óbitos) da população portuguesa.
2019 fica assim marcado pela inversão de tendência de descida da população a residir em Portugal, que tinha acontecido em todos os nove anos anteriores.
Segundo o relatório publicado pelo INE esta sexta-feira, 13 de novembro, a “população residente em Portugal foi estimada em 10.295.909 pessoas, o que representa um aumento de 19.292 habitantes relativamente ao ano anterior, após nove anos de decréscimo populacional”.
Este aumento é explicado pelo saldo migratório. O INE estima que durante 2019 entraram em Portugal 72.725 imigrantes permanentes, mais 68,5% que em 2018, ano em que entraram 43.170. Tendo em conta que saíram 28.219 emigrantes permanentes (menos 10,7% que em 2018), o saldo migratório foi positivo pelo terceiro ano consecutivo e bem superior aos últimos anos. Passou de 4.886 em 2017, para 11.570 em 2018 e 44.506 em 2019.
Este forte aumento do saldo obrigatório compensou a deterioração do saldo natural, que voltou a ser negativo, apesar de os nascimentos até terem baixado menos do que os óbitos.
Segundo o INE, o número de nascimentos baixou 0,5% para 86.579 nados-vivos, enquanto o número de óbitos baixou 1,1% para 111.793.
“O acréscimo populacional verificado em 2019 resultou do aumento da taxa de crescimento migratório para 0,43% (0,11% em 2018), já que a taxa de crescimento natural se manteve em -0,25%”, refere o INE.
Da totalidade dos óbitos de pessoas residentes em Portugal, 42,2% ocorreram em idades iguais ou superiores a 85 anos. O número de óbitos infantis foi 246, menos 41 que em 2018. A taxa de mortalidade infantil diminuiu para 2,8 óbitos por mil nados-vivos (3,3‰ em 2018).
Veja aqui a distribuição da população residente por concelho e a variação face a 2011:
Fonte: Jornal de Negócios, consultado a 13 de dezembro de 2020.