Breve resumo da PAC – Política Agrícola Comum:
– Criação da PAC
• Constitui uma das bases do Tratado de Roma, mas as primeiras medidas surgem em 1962;
• O primeiro pilar da PAC a ser criado foi a OCM (Organização Comum de Mercado;
• Todas as despesas e gastos resultantes da aplicação da PAC são suportados pelo orçamento comunitário, financiadas pelo Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA);
• FEOGA foi criado em 1962 e separado em duas secções, em 1964:
→ Orientação: contribui para as reformas estruturais na agricultura e desenvolvimento das áreas rurais;
→ Garantia: financia as despesas relativas à organização comum dos mercados.
• Os objectivos da PAC de 1962:
→ Aumentar a produção agrícola;
→ Melhorar o nível de vida dos agricultores;
→ Assegurar preços razoáveis dos produtos agrícolas junto dos consumidores;
→ Proteger os produtos comunitários da concorrência estrangeira.
• Em 1984, foi implementado o Sistema de Quotas na produção agrícola, com o grande objectivo de definir um limite de produção no que diz respeito aos produtos excedentários:
• Em 1988, foi implementado o Set-Aside, é uma redução forçada das áreas de cultivo de cereais, através de um sistema de subsídios de compensação;
• Em 1992, é feita uma profunda reforma na PAC.
– Em 1993, é implementada a Nova PAC:
• Reduzir a produção;
• Reduzir o preço dos produtos junto ao consumidor;
• Diminuir os encargos comunitários com o sector agrícola;
• Incentivar práticas agrícolas amigas dos ambiente;
• Apoiar as explorações de carácter familiar.
– São reforçadas medidas que tinham sido tomadas anteriormente, como:
• Reforço do Set-Aside;
• Reformas antecipdas;
• Apoio à reconversão da produção.
– Agenda 2000:
• Em julho de 1997, a Comissão Europeia, propões uma Nova Reforma da PAC, no âmbito da Agenda 2000;
• Agenda 2000, é a reforma mais radical e mais global da PAC desde a sua criação;
• Principais medidas da Agenda 2000:
→ Reforçar a competitividade dos produtos agrícolas no mercado europeu e no mercado mundial;
→ Promover o nível de vida equitativo e digno para a população agrícola;
→ Criar postos de trabalho de substituição e outras fontes de rendimento para os agricultores;
→ Definir uma nova política de desenvolvimento rural, que passa a ser o Segundo Pilar da PAC;
→ Incorporar na PAC considerações de natureza ambiental e estrutural mais amplas;
→ Melhorar a qualidade e a segurança dos alimentos;
→ Simplificar a legislação e a descentralização da sua aplicação.
– O reforço do Segundo Pilar da PAC – Politica de Desenvolvimento Rural:
• Promover a Agricultura Sustentável;
• Multifuncionalidade da agricultura;
• Abordagem multissetorial e integrada da economia rural;
• Flexibilização dos apoios ao desenvolvimento rural;
• Transparência na elaboração e gestão dos programas.
– A PAC e a Organização Mundial do Comércio (OMC):
• Premência de tratar os aspectos não comerciais da agricultura;
• Necessidade de aplicar um tratamento diferenciado aos países em via de desenvolvimento, tendo em consideração a importância da alimentação e da agricultura nesses países;
• Melhoria do acesso às oportunidades de mercado.
– Impacte da PAC (2003 – 2013) na Agricultura Portuguesa:
• Apoio ao sector agrícola através de medidas comunitárias como o PEDAP (Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa);
• Programa de reflorestação;
• Construção de infraestruturas de apoio à agricultura;
• Qualificação da mão de obra;
• Proporcionar aos agricultores um período temporal mais estável, durante 10 anos (2003 – 2013);
• Incentivar a adopção de de soluções mais eficientes e mais sustentáveis;
• Dispor de meios orçamentais adicionais;
• Criar condições para algum reforço da coesão económica e social no seio da UE.
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Geografia 11º Ano – A Gestão e a Utilização do Solo Arável
Resumo da Gestão e a Utilização do Solo Arável:
– Falta de competitividade dos produtos, que resulta dos baixos rendimentos e produtividade. Por outro lado, esta falta de competitividade, reflecte-se no Saldo da Balança Comercial, que apresenta um saldo negativo e numa forte dependência externa;
– Desajustamento da área cultivada e a sua aptidão para a agricultura;
– Desajustamento das características do solo e as culturas praticadas;
– Vulnerabilidade dos solos face à erosão;
– Utilização de fertilizantes químicos.
Geografia 11º Ano – Sistema de Cultura Agrícola
Breve resumo do sistema agrícola português:
– Alentejo:
• Sistema Extensivo;
• Latifúndios;
• Monocultura;
• Campo Aberto;
• Baixos rendimentos por Hectare;
• Elevada Produtividade, devido à mecanização.
– Entre Douro e Minho, Beira Litoral, Ribatejo e Oeste, Açores e Madeira:
• Sistema Intensivo;
• Minifúndio;
• Policultura;
• Campo Fechado;
• Elevado rendimento por Hectare;
• Baixa Produtividade, devido à falta de mecanização.
Geografia 11º Ano – Culturas Agrícolas
As culturas agrícolas podem ser:
– Quanto à variedade:
• Policultura: diversas culturas no mesmo campo;
• Monocultura: cultivo de uma só cultura no mesmo campo:
– Quanto à necessidade de rega:
• Regadio: culturas que precisam de rega regularmente;
• Sequeiro: culturas com pouca necessidade de água.
Geografia 11º Ano – Factores Condicionantes da Agricultura
Síntese dos Factores Condicionantes da Agricultura:
– Factores físicos ou naturais:
• temperatura;
• precipitação;
• altitude;
• declive;
• fertilidade do solo;
• recursos hídricos.
– Factores Humanos:
• mão-de-obra;
• influência histórica e cultural;
• produção;
• políticas agrícolas.
Geografia 11º Ano – Principais características diferenciadoras das Regiões Agrárias
Características diferenciadoras de cada uma dessas Regiões:
– Clima:
• Regiões do Norte Litoral: elevada humidade, precipitação abundante, temperaturas amenas e com uma menor amplitude térmica anual;
• Regiões do Interior Norte: clima menos húmido, precipitação anual escassa, existência de um mês seco, temperaturas altas no verão e baixas no inverno, por isso uma maior amplitude térmica anual;
• Região do Ribatejo e Oeste: clima com grande humidade relativa, baixa amplitude térmica anual;
• Sul do País, Madeira: temperaturas elevadas, menor precipitação, pequena variação anual da temperatura;
• Açores: no Grupo Oriental, o clima é húmido, elevada precipitação, temperaturas amenas, amplitude térmica anual baixa; nos Grupos Central e Ocidental, temperaturas amenas, baixa amplitude térmica anual, precipitação abundante e humidade elevada.
– Relevo:
• Regiões Agrárias a norte do rio Tejo: relevo acidentado, localização da Cordilheira Central e das Serras do Noroeste;
• Regiões Agrárias a sul do Rio Tejo:planície alentejana, lezíria ribatejana, pequenas serras como Arrábida, Monchique e Caldeirão;
• Arquipélago dos Açores: de origem vulcânica onde se destaca o ponto mais alto de Portugal, a Montanha do Pico localizada na Ilha do Pico;
• Arquipélago da Madeira: relevo acentuado na ilha da Madeira, tendo o Pico Ruivo como o ponto mais alto.
Geografia 11º Ano – O uso da SAU
Resumo do tópico, O uso da SAU:
– A SAU pode ser ocupada com:
• Culturas Temporárias: culturas que não excedem um ano;
• Culturas Permanentes: culturas que ocupam a terra durante um longo período de tempo e oferecem diversas colheitas;
• Pastagens Permanentes: culturas que podem ser semeadas ou espontâneas, que permanecem por um período superior a cinco anos e se destinam a pasto para o gado;
• Hortas Familiares: tem pequena dimensão e são cultivados produtos destinados ao autoconsumo.
Geografia 11º Ano – Espaço Rural e as Paisagens Agrárias
Conceitos fundamentais para a temática: O Espaço Rural e as Paisagens Agrárias.
– Espaço Agrário: corresponde à área ocupada para a produção agrícola e/ou criação de gado, pastagens, florestas e também pelas infraestruturas equipamentos à agricultura;
– Regiões Agrárias: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira Litoral, Beira Interior, Ribatejo e Oeste, Alentejo. Algarve, Açores e Madeira;
– Morfologia Agrária: está ligada à forma e à dimensão das parcelas, à rede de caminhos, à disposição dos campos, das florestas e das paisagens no espaço rural. Desta forma, podemos classificar as paisagens como:
•Campo Fechado: as parcelas encontram-se vedadas, são de pequena dimensão e encontram-se servidas por uma rede de caminhos densa.
•Campo Aberto: as parcelas são de maior dimensão e uma rede de caminhos menos densa.
– Sistema de Cultura: utilização do solo agrícola tendo em conta as espécies cultivadas, a forma de como estão associadas e as respectivas técnicas agrícolas. O Sistema pode ser:
•Sistema Intensivo: ocupação integral e continua do solo.
•Sistema Extensivo: ocupação descontinua do solo.
– Povoamento Rural: é a forma como as casas ligadas à actividade agrícola se distribuem no espaço rural. Este pode ser: disperso, aglomerado ou misto;
– Paisagens Agrárias: são as ligações criadas pelo ser humano com o meio agrícola. Estas ligações são condicionadas pelos factores naturais (clima, relevo, solo) e humanos (população, tradições) e que se traduz na diversidade e especificidade das paisagens agrárias;
– Estruturas Agrárias: Superfície Agrícola Utilizada (SAU), Superfície Florestal e Incultos;