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Geografia 11.º Ano – Estratégias integradas de desenvolvimento rural

A promoção do desenvolvimento rural, está consagrada no segundo pilar da PAC.
– Em Portugal, os contrastes de desenvolvimento entre as áreas urbanas e as áreas rurais são acentuados, por este motivo as políticas de desenvolvimento rural têm vindo a ocupar um lugar reforçado na luta por uma sociedade territorialmente mais equilibrada.
– O desenvolvimento rural tem vindo a ser promovido através de políticas estruturais que permitiram a implementação de medidas de apoio, que foram financiadas por Fundos Estruturais Comunitários (FEDER, FEOGA-O e FSE) e se encontram enquadradas por vários programas, como o AGRO e o LEADER.
Programa AGRO, insere-se numa estratégia de desenvolvimento agrícola e rural que visa incentivar uma ligação entre a Agricultura e o Desenvolvimento RURAL Sustentável.
Objectivos do Programa AGRO:
• Reforço da competitividade económica das actividades agroflorestais;
• Incentivo à multifuncionalidade das explorações agrícola;
• Promoção da qualidade e da inovação da produção agroflorestal e agrorural;
• Valorização do potencial específico dos territórios;
• Melhoria das condições de vida do trabalho e do rendimento;
• Reforço da organização e iniciativa de associações dos agricultores.
Programa LEADER, tem como objectivo apoiar acções inovadoras de desenvolvimento rural nas regiões mais desfavorecidas da União Europeia. Estes projectos são desenvolvidos a nível local, envolvendo parcerias entre diferentes agentes.
Principais aspectos do Programa LEADER:
• Carácter inovador;
• Agilidade e eficiência dos apoios financeiros;
• Incremento dado ao Turismo em Espaço Rural;
• Criação de emprego nas áreas rurais;
• Apoio às iniciativas inovadoras e diversificadas.

Geografia 11.º Ano – Denominação de Origem Protegida (DOP)

– Denominação de Origem Protegida (DOP):

é a designação regulamentada pela União Europeia que protege os nomes dos produtos cuja produção, elaboração e transformação ocorrem numa região delimitada, com um saber-fazer devidamente reconhecido e verificado.
Garante ao consumidor que o produto tem sabor e aroma diferenciados, que foi obtido ou processado de forma tradicional, que tem uma enorme ligação ao território e ao saber fazer, e que foi sujeito a um rigoroso sistema de controlo independente.
Todos os produtos com DOP apresentam a respetiva menção, assim como a marca de conformidade e o logótipo comunitário.

Exemplos de produtos DOP: Azeite de Trás-os-Montes, Pera Rocha do Oeste, Carne Barrosã, etc.
denominacao-de-origem-protegida-dop
Fontes: ADRAL, DGADR, consultadas em 20 de novembro de 2016

Geografia 11.º Ano – Os Serviços no Espaço Rural

Nas últimas décadas do século XX, o sector terciário tornou-se o sector mais importante da economia portuguesa.
O processo de terciarização em Portugal foi heterogéneo, devido à distribuição irregular da população activa pelo território nacional, por exemplo, os distritos do Porto e de Lisboa tem os valores mais elevados a nível nacional.
Os distritos do interior e as regiões autónomas têm os valores mais baixos de terciarização, devido à pouca indústria e à grande importância da agricultura.
A implantação e a diversificação dos serviços nas rurais são fundamentais devido:
• melhorar as condições de vida da população;
• suporte ao desenvolvimento das actividades ligadas ao turismo e à industria.

Geografia 11.º Ano – Turismo em Espaço rural

Turismo em Espaço Rural (TER): “apresenta características próprias, pouco tendo em comum com as modalidades convencionais de turismo. Com efeito, esta atividade tem como objetivo essencial, oferecer aos utentes a oportunidade de reviver as práticas, os valores e as tradições culturais e gastronómicas das sociedades rurais, beneficiando da sua hospedagem e de um acolhimento personalizado.”
Fonte: DGADR, consultado em 13 de novembro de 2016.
Existem dois tipos de modalidades no TER;
Empreendimentos de turismo de habitação, como exemplos temos os palácios e solares;
Empreendimentos de turismo no espaço rural, como exemplos temos as casas de campo, agroturismo e hotéis rurais.
– Em resumo, o TER tem como principais vantagens:
• Diversificação das actividades económicas e da oferta turistica;
• Promoção e conversação dos recursos humanos e naturais das áreas rurais, recursos endógenos;
• Melhoria da qualidade de vida das populações rurais.

Geografia 11º Ano – As novas oportunidades para as áreas rurais

A (re)descoberta da multifuncionalidade do espaço rural.

As áreas rurais não são uniformes e apresentam grandes contrastes entre si:
junto ao litoral: apresentam um forte dinamismo económico, áreas densamente povoadas, agricultura moderna (mecanizada e mercantil), pluriatividade.
localizadas no interior: envelhecimento demográfico, despovoamento, baixo nível de instrução, pouca mão de obra qualificada, poucos equipamentos e serviços, menor capacidade de atrair população e de fixar população.
Os factores que valorizam as áreas rurais do interior relativamente às áreas rurais junto aos grandes centros urbanos. Esses factores são:
– Património paisagístico;
– Arquitectura tradicional;
– Património histórico;
– Conservam as raízes culturais da região.
Actualmente, as áreas rurais são vistas como áreas multifuncionais devido à potencialidade de actividades económicas e a promoção da pluriactividade.

Geografia 11º Ano – Emparcelamento Agrícola

Emparcelamento: consiste no agrupamento de pequenas explorações ou dos blocos que as constituem, de modo a formarem-se conjuntos mais vastos, através de compra, venda ou troca. Com o aumento da dimensão dos terrenos, torna-se mais fácil a modernização da agricultura.
O emparcelamento pode ser:
• simples;
• de exploração;
• Redimensionamento de Explorações Agrícolas;
• Troca de terrenos e árvores.

O emparcelamento tem como objectivo a melhoria das condições técnicas e económicas da exploração através da concentração dos prédios rústicos a rectificação de estremas e a extinção de encraves e servidões, contribuindo para a diminuição dos custos de produção, e na melhorar a qualidade de vida do agricultor.

Fonte: Guia de Explorações

Geografia 11º Ano – As transformações do sector agrário

Durante as últimas décadas a agricultura portuguesa e todo o sector sofreram várias transformações:
– Redimensionar as estruturas fundiárias;
– Promover o associativismo:
– Incentivar a especialização produtiva;
– aumentar o nível de instrução e de qualificação profissional;
– Rejuvenescer a população activa;
– Modernizar os meios de produção;
– Adequar a qualidade dos solos às culturas produzidas;
– Utilizar de forma equilibrada os fundos comunitários;
– Promover sistemas de produção amigos do ambiente.

Geografia 11º Ano – Grandes objetivos da PAC 2014 – 2020

Grandes objetivos da PAC 2014 – 2020:
– Contribuir para uma produção alimentar viável:
• Melhorar a competitividade do setor agrícola;
• Compensar as dificuldades de produção em áreas com constrangimentos naturais específicos;
• Melhorar os rendimentos agrícolas;
– Gerir de forma sustentável os recursos naturais:
• Incentivar práticas de produção sustentáveis;
• Promover a inovação tendo em vista a utilização de práticas mais ecológicas;
• Prosseguir ações de mitigação das alterações climáticas

– Desenvolver os territórios de forma sustentável:

• Melhorar a economia rural;
• apoiar o emprego rural;
• estimular a diversidade estrutural dos sistemas de produção agrícola.

Geografia 11º Ano – Política Agrícola Comum (PAC)

Breve resumo da PAC – Política Agrícola Comum:
Criação da PAC
• Constitui uma das bases do Tratado de Roma, mas as primeiras medidas surgem em 1962;
O primeiro pilar da PAC a ser criado foi a OCM (Organização Comum de Mercado;
• Todas as despesas e gastos resultantes da aplicação da PAC são suportados pelo orçamento comunitário, financiadas pelo Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA);
FEOGA foi criado em 1962 e separado em duas secções, em 1964:
Orientação: contribui para as reformas estruturais na agricultura e desenvolvimento das áreas rurais;
Garantia: financia as despesas relativas à organização comum dos mercados.
Os objectivos da PAC de 1962:
→ Aumentar a produção agrícola;
→ Melhorar o nível de vida dos agricultores;
→ Assegurar preços razoáveis dos produtos agrícolas junto dos consumidores;
→ Proteger os produtos comunitários da concorrência estrangeira.
Em 1984, foi implementado o Sistema de Quotas na produção agrícola, com o grande objectivo de definir um limite de produção no que diz respeito aos produtos excedentários:
Em 1988, foi implementado o Set-Aside, é uma redução forçada das áreas de cultivo de cereais, através de um sistema de subsídios de compensação;
Em 1992, é feita uma profunda reforma na PAC.
Em 1993, é implementada a Nova PAC:
• Reduzir a produção;
• Reduzir o preço dos produtos junto ao consumidor;
• Diminuir os encargos comunitários com o sector agrícola;
• Incentivar práticas agrícolas amigas dos ambiente;
• Apoiar as explorações de carácter familiar.
– São reforçadas medidas que tinham sido tomadas anteriormente, como:
• Reforço do Set-Aside;
• Reformas antecipdas;
• Apoio à reconversão da produção.
Agenda 2000:
Em julho de 1997, a Comissão Europeia, propões uma Nova Reforma da PAC, no âmbito da Agenda 2000;
• Agenda 2000, é a reforma mais radical e mais global da PAC desde a sua criação;
Principais medidas da Agenda 2000:
→ Reforçar a competitividade dos produtos agrícolas no mercado europeu e no mercado mundial;
→ Promover o nível de vida equitativo e digno para a população agrícola;
→ Criar postos de trabalho de substituição e outras fontes de rendimento para os agricultores;
→ Definir uma nova política de desenvolvimento rural, que passa a ser o Segundo Pilar da PAC;
→ Incorporar na PAC considerações de natureza ambiental e estrutural mais amplas;
→ Melhorar a qualidade e a segurança dos alimentos;
→ Simplificar a legislação e a descentralização da sua aplicação.
O reforço do Segundo Pilar da PAC – Politica de Desenvolvimento Rural:
• Promover a Agricultura Sustentável;
Multifuncionalidade da agricultura;
• Abordagem multissetorial e integrada da economia rural;
Flexibilização dos apoios ao desenvolvimento rural;
Transparência na elaboração e gestão dos programas.
A PAC e a Organização Mundial do Comércio (OMC):
• Premência de tratar os aspectos não comerciais da agricultura;
• Necessidade de aplicar um tratamento diferenciado aos países em via de desenvolvimento, tendo em consideração a importância da alimentação e da agricultura nesses países;
• Melhoria do acesso às oportunidades de mercado.
Impacte da PAC (2003 – 2013) na Agricultura Portuguesa:
• Apoio ao sector agrícola através de medidas comunitárias como o PEDAP (Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa);
• Programa de reflorestação;
Construção de infraestruturas de apoio à agricultura;
Qualificação da mão de obra;
Proporcionar aos agricultores um período temporal mais estável, durante 10 anos (2003 – 2013);
• Incentivar a adopção de de soluções mais eficientes e mais sustentáveis;
• Dispor de meios orçamentais adicionais;
• Criar condições para algum reforço da coesão económica e social no seio da UE.