– Valores e valoração – a questão dos critérios valorativos:
• Critérios Valorativos.
– Critérios valorativos, é o princípio ou condição que ser de base à valoração e que permite distinguir as coisas valiosas das não valiosas.
– Os critérios valorativos permitem reconhecer a razão ou o motivo pelo qual atribuímos um dado valor a determinado objeto, situação, pessoa e justificar a maneira como nos comportamos perante os mesmos.
– Os critérios valorativos podem exercer-se ao nível:
• Pessoal, relativos ao sujeito.
• Coletivo, um grupo de sujeitos.
• Universal, relativos à humanidade.
– Critérios transubjetivos, são aqueles que ultrapassam as barreiras do individual e do coletivo, como por exemplo:
• Humanidade (dignidade humana).
• Diálogo (entre as diversas culturas).
• A vida do planeta (ambiente, respeito pela vida dos seres vivos, desenvolvimento sustentável).
Categoria: Filosofia
Filosofia 10.º Ano – Juízo de Facto e Juízo de Valor
– Valores e valoração – a questão dos critérios valorativos:
• Juízo de Facto e Juízo de Valor.
– Juízo de facto:
• Proposições que pretendem descrever a realidade.
• Claros e objetivos.
• Empiricamente verificáveis.
• Podem ser verdadeiros ou falsos.
– Juízo de valor:
• Proposições que pretendem avaliar a realidade.
• Subjetivos.
• Não são empiricamente verificáveis.
• Não são verdadeiros nem falsos.
Filosofia 10.º Ano – A tábua de valores de Max Scheler
– Valores e valoração – a questão dos critérios valorativos:
• A tábua de valores de Max Scheler.
– A tábua de valores de Max Scheler
• Valores religiosos: santo/profano; divino/demoníaco.
• Valores éticos ou morais: bom/mau; justo/injusto.
• Valores estéticos: belo/feio; gracioso/tosco.
• Valores lógicos: verdadeiro/falso; exato/provável.
• Valores vitais: forte/fraco; energético/inerte.
• Valores úteis: caro/barato; conveniente/inconveniente.
– Para Max Scheler, os valores religiosos, quando presentes na vida do ser humano, são mais importantes ou valiosos do que os valores morais
– No topo da hierarquia encontram-se os valores ligados à adoção de uma religião, enquanto os valores úteis, de todos os menos valiosos, ocupam a sua base.
Filosofia 10.º Ano – Valores, Experiência Valorativa, Valoração, Caraterísticas dos Valores
– Valores e valoração – a questão dos critérios valorativos:
• Experiência valorativa e características dos valores.
– Valores, são fundamentos ou a razão de ser das nossas ações e preferências.
– Os valores representam a não indiferença do ser humano perante os factos, objetos, pessoas ou situações.
– Experiência valorativa, é o ato pelo qual um sujeito atribui ou apercebe de valores nos diferentes objetos, situações ou pessoas.
– Valoração, é o ato pelo qual o sujeito atribui valores.
– No ato de valoração, o sujeito atribui uma diversidade de valores aos objetos.
– Os valores estão na base dos desejos, sentimentos, preferências, decisões e ações do sujeito.
– Caraterísticas dos valores:
• Polaridade, valor e contravalor.
• Diversidade, pluralidade de valores
• Hierarquia, valores mais valiosos e valores menos valiosos.
• Perenidade, os valores são intemporais, não sofrem alterações e não acompanham a história do Homem.
• Historicidade, os valores acompanham o tempo, ou seja, sofrem alterações em função da história da humanidade.
• Objetividade, os valores são objetivos, pois encontram-se na relação com os objetos e podem ser conhecidos como qualquer outro facto.
• Subjetividade, os valores são subjetivos pois dependem do sujeito para se mostrarem.
Filosofia 10.º Ano – Libertismo
– A acção humana – análise e compreensão do agir:
• Libertismo.
– Libertismo, defende, de um modo mais radical, o livre-arbítrio e a responsabilidade do ser humano.
– O agente tem o poder de interferir no curso normal das coisas pela sua capacidade racional e deliberativa.
– O libertismo assegura que o agente não é determinado: ele tem o poder de se autodeterminar .
• Para que a autodeterminação aconteça, defende-se a dualidade entre o corpo e a mente.
• A mente está acima ou fora da causalidade do mundo natural.
• O corpo do sujeito pode ser determinado por causas necessárias, mas a mente não está determinada, pois ela autodetermina-se.
– Os libertistas apoiam-se em dois argumentos:
• O argumento da experiência e da responsabilidade.
• O Universo não constitui um sistema determinista
– Como objecções ao libertismo:
• O facto de termos experiência da liberdade e de atribuímos responsabilidade não prova que elas existam.
• Se é o acaso que conduz as ações humanas imprevisíveis então elas também não são livres, nem o agente responsável.
• O libertismo não nos fornece granes explicações relativamente aquilo que produz as nossas decisões.
Filosofia 10.º Ano – Determinismo Moderado ou Compatibilismo
– A acção humana – análise e compreensão do agir:
• Determinismo Moderado ou Compatibilismo.
– Características do determinismo moderado ou compatibilismo:
• Aceita o determinismo no mundo natural, mas defende que existe espaço para a liberdade e para a responsabilidade humana.
• O determinismo moderando assenta na distinção de: Acções Livres, aquelas que fazemos com vontade de as fazer e sem que ninguém nos obrigue. Resultam dos nossos desejos do nosso carácter e da nossa personalidade; Acções Não Livres, são aquelas em que somos forçados a escolher uma coisa ou outra, a fim de conservamos.
• Mesmo que as nossas acções sejam causadas podemos sempre agir de outro modo se assim o escolhermos.
– Principais objecção ao determinismo moderado ou compatibilismo:
• Ao dizer que somos livres, mas que as nossas acções decorrem dos nossos desejos e do nosso carácter, não manipulados, não se pode no entanto ignorar que o carácter e o desejo dependem de forças que não controlados. Se assim for, não somos realmente livres
Filosofia 10.º Ano – Determinismo Radical
– A acção humana – análise e compreensão do agir:
• Determinismo Radical.
– O determinismo radical defende:
• Que não existe livre-arbítrio, o que implica a total desresponsabilidade do sujeito.
• O mundo começou a ser entendido à luz das relações causa-efeito.
• As relações causa-efeito, é uma relação de dependência e derivação necessária, ou seja, o efeito não existiria sem a causa, e não pode não derivar da causa.
• Para o determinismo radical,o passado controla o futuro. O sujeito é incapaz de controlar o passado, o presente e o futuro, assim, qualquer acontecimento resulta de causas que o antecederam, de acordo com as leis imutáveis da natureza.
• Considerando que tudo o mundo obedece a um conjunto de leis naturais e que nem a ação humana escapada ao determinismo tem como consequência a negação do livre-arbítrio.
• O determinismo radical nega a liberdade da ação humana.
• Existe Incompatibilismo entre a liberdade e o determinismo natural.
– Principais objecções ao determinismo radical:
• Argumento da experiência e da responsabilidade.
• O Universo não constitui um sistema determinista.
Filosofia 10.º Ano – O problema do livre-arbítrio
– A acção humana – análise e compreensão do agir:
• O Problema do livre-arbítrio.
– Livre-arbítrio, é a possibilidade de escolha e autodeterminação, ao ato voluntário, autónomo e independente de qualquer coação externa ou interna.
– A existência de qualquer força interna ou externa que não conseguimos controlar, pode-nos fazer duvidar de que tenhamos livre-arbítrio.
– O problema do livre-arbítrio consiste em saber se a liberdade humana em termos de optar, é ou não compatível com outras forças que a parecem anular.
Filosofia 10.º Ano – As condicionantes da ação humana
– A acção humana – análise e compreensão do agir:
• As condicionantes da ação humana.
– A liberdade de que eventualmente dispomos não é absoluta, mas situada e condicionada.
– As condicionantes da acção humana são todo o conjunto de constrangimentos e obstáculos que lhe impõe limites. Mas, ao mesmo tempo que limitam, abrem de igual modo um horizonte de possibilidades, assumindo-se também, de certo modo, como condições do agir.
– Condicionantes da acção humana:
• Psicológicas, ligadas à personalidade do agente, ao seu temperamento ou aos seus estados psicológicos temporários.
• Físico-Biológicos, ligadas à nossa constituição morfológica e fisiológica.
• Histórico-culturais, factores de carácter histórico, cultural, social, económico, cientifico, tecnológico, religioso, entre outros.
– A existência de condicionantes não implica a inexistência de livre-arbítrio.
Filosofia 10.º Ano – Rede Conceptual da Ação Humana
– A acção humana – análise e compreensão do agir:
• Rede conceptual da acção humana.
– Agente, é o autor da acção. Responde à pergunta ” Quem faz? “.
– Motivo, é tudo o que é capaz de mover a vontade a agir, é a razão consciente do agir, tornando a acção intencional compreensível. Responde à pergunta ” Porquê? “.
– Intenção, curso da acção que alguém pretende seguir ou como o objectivo que guia a acção. Responde à pergunta ” O Quê? “.
– Finalidade, é tudo aquilo que activa, orienta e dirige a acção. Muitas vezes é difícil separar a finalidade do motivo. Responde à pergunta ” Para Quê? “.
– Deliberação, é o processo de reflexão e de ponderação que, em princípio, antecede a decisão.
– Decisão, consiste na escolha de alternativas possíveis em função de determinadas razões e motivações. Mas nem todas as acções são deliberadas, já que, muitas vezes, não há reflexão prévia ao agir.