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Filosofia 11.º Ano – Descartes – Razões para duvidar: As Ilusões dos Sentidos

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• O racionalismo de René Descartes
» As ilusões dos sentidos
– O primeiro argumento para duvidar baseia-se nas ilusões dos sentidos, que nos enganam em diversas ocasiões.
– Aplicando o princípio hiperbólico da dúvida, Descartes conclui que não temos justificação para acreditar em nada que tenha origem nos sentidos.
– Em suma:
• Os nossos sentidos enganam-nos algumas vezes;
• Se os nossos sentidos nos enganam, então não podemos fazer se nos estão a enganar neste momento ou não;
• Se não podemos saber se os nossos sentidos nos então a enganar, então não podemos confiar nas informações adquiridas através deles;
• Logo, não podemos confiar nas informações adquiridas através dos sentidos.

Filosofia 11.º Ano – Descartes: A Dúvida Metódica

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• O racionalismo de René Descartes
» Descartes – A dúvida metódica
– A dúvida traduz um momento importante do método.
– Através da dúvida, recusaremos todas as crenças em que notarmos a mínima suspeita de incerteza.
– A dúvida é posta ao serviço da verdade, pois é um instrumento da luz natural ou razão.
– Descartes adota a postura do cético, ceticismo metódico, sujeitando à dúvida todas as crenças.
– É necessário colocar tudo em causa, no processo de busca dos princípios fundamentais e indubitáveis.
– Se alguma crença resistir à dúvida, então ela poderá ser a base ou o fundamento para as restantes.
– Características da dúvida:
• Metódica e provisória, é um meio para atingir a certeza e a verdade, não constituindo um fim em si mesma.
• Hiperbólica, rejeita como se fosse falso tudo aquilo em que se note a mínima suspeita de incerteza.
• Universal e radical, Incide não só sobre o conhecimento em geral, como também sobre os seus fundamentos e as suas raízes.
– Razões para duvidar:
• Preconceitos e juízos precipitados que formulámos na infância.
• Os sentidos podem enganar-nos.
• Alguns seres humanos se enganaram nas demonstrações matemáticas.
• Porque não dispomos de um critério que nos permita discernir o sonho da vigília.
• Possibilidade da existência de um Deus Enganador ou um Génio Maligno.

Filosofia 11.º Ano – Descartes: O Método Cartesiano

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• O racionalismo de René Descartes
» O método cartesiano
– A razão é a origem do conhecimento universal e necessário, então as proposições da matemática assumem um carácter evidente.
– A origem do método é exclusivamente racional e a priori.
– Método é inspirado na matemática para a conquista da verdade.
– Regras do Método:
• Evidência;
• Análise;
• Síntese;
• Enumeração/Revisão.
– Estas quatro regras permitirão guiar a razão, orientando devidamente as operações fundamentais do espírito. Estas operações são as seguintes:
• Intuição, ato de apreensão direta e imediata de noções simples, evidente e indubitáveis;
• Dedução, encadeamento de intuições, envolvendo um movimento do pensamento, desde os princípios evidentes até às consequências necessárias.

Filosofia 11.º Ano – O Racionalismo de René Descartes

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• O racionalismo de René Descartes
– Descartes foi um filósofo racionalista.
– Considerava a razão como fonte principal do conhecimento universal e necessário.
– Atribuindo um grande valor à razão, Descartes procurou também aí os fundamentos do conhecimento.
– Só depois de encontrar esses fundamentos, do conhecimento, seria possível superar os argumentos do céticos radicais (não acreditam no conhecimento).
– Com isto, Descartes pretendia combater o ceticismo.

Filosofia 11.º Ano – Fundacionalismo

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Análise comparativa de teorias explicativas do conhecimento
» Fundacionalismo
Fundacionalismo:
• Perspectiva segundo a qual o conhecimento se ergue e desenvolve a partir de fundamentos certos, seguros, indubitáveis. Estes fundamentos encontram-se no empirismo, no racionalismo ou em ambas.
Objeção fundacionalista:

• Os fundacionalistas evitam a regressão infinita da justificação:
» Crenças básicas, que suportam o sistema do saber, e que se justificam a si mesmas.
» Crenças não básicas, são justificadas por outras crenças

Filosofia 11.º Ano – Ceticismo

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Análise comparativa de teorias explicativas do conhecimento
» Ceticismo
Ceticismo, é uma corrente que afirma não ser possível ao sujeito apreender, de um modo efetivo ou então de um modo rigoroso, o objeto.
O ceticismo pode ser:
Ceticismo absoluto ou radical, é impossível ao sujeito apreender o objeto, não sendo, por conseguinte, possível qualquer conhecimento.
Ceticismo mitigado, não estabelece a impossibilidade do conhecimento, mas sim da impossibilidade de um saber rigoroso.
Argumento da regressão infinita, justificamos uma crença com base noutra, que por sua vez, se justifica com base noutra crença e assim sucessivamente. A este processo chama-se regressão infinita e não é possível justificar uma crença.

Filosofia 11.º Ano – Dogmatismo

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Análise comparativa de teorias explicativas do conhecimento
» Dogmatismo
– O dogmatismo pode ser entendido como:
• A atitude que não coloca o problema do conhecimento.
• A confiança de que a razão pode atingir a certeza e a verdade (oposição ao cetismo).
• Submissão a certos princípios ou à autoridade de que provêm.
• O exercício da razão sem uma crítica prévia da sua capacidade (perspectiva kantiana, onde o dogmatismo opõe-se ao criticismo).

Filosofia 11.º Ano – Racionalismo, Empirismo

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Análise comparativa de teorias explicativas do conhecimento
» Racionalismo vs. Empirismo
Racionalismo:
• A razão é a principal fonte do conhecimento, conhecimento universal e necessário.
• As ideias fundamentais do conhecimento são inatas.
• O conhecimento tem como modelo a matemática.
• As ideias fundamentais descobrem-se por intuição intelectual.
• O conhecimento constrói-se de forma dedutiva.
• Há uma correspondência entre o pensamento e a realidade.
• O sujeito impõe-se ao objeto através das noções e princípios evidentes que traz em si.
Empirismo:
• A experiência é a origem principal de todo o conhecimento.
• Todas as ideias têm como base empírica, até as mais complexa: não há ideias inatas.
• O conhecimento do mundo obtém-se através de impressões sensoriais.
• O conhecimento encontra-se limitado pela experiência.
• O objeto impõe-se ao sujeito.

Filosofia 11.º Ano – Fontes de Conhecimento: Juízos a priori, Juízos a posteriori, Conhecimento a priori, Conhecimento a posteriori

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Fontes de Conhecimento:
» Juízos a priori, Juízos a posteriori;
» Conhecimento a priori, Conhecimento a posteriori.
Juízos a priori:
• Juízos cuja a verdade pode ser conhecida independentemente de qualquer experiência, tendo, portanto, origem no pensamento ou razão.
• Estes juízos são universais e necessários (são verdadeiros em qualquer circunstância).
Juízos a posteriori:
• Juízos cuja a verdade só pode ser conhecida através da experiência sensível.
• Estes juízos não são estritamente universais e são contingentes (são verdadeiros mas poderiam ser falsos).
Conhecimento a priori, baseia-se em juízos a priori, tendo a sua fonte ou origem apenas no pensamento ou na razão. É justificado pela razão e não pela experiência.
Conhecimentos a posteriori, baseia-se em juízos a posteriori, tendo a sua origem na experiência. É conhecimento empírico, justificado pela experiência.

Filosofia 11.º Ano – Contraexemplos de Gettier

– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• Contraexemplos de Gettier
– Gettier contestou a definição tradicional de conhecimento.
– Apresentou contraexemplos que revelam a possibilidade de termos uma crença verdadeira justificada sem que ela corresponda a conhecimento.
– Pode haver crenças verdadeiras justificadas acidentalmente.