– A Filosofia Moral Kantiana
• Imperativo Hipotético
– Imperativo Hipotético, ordena que se cumpra determinada ação em concreto para atingir determinado fim desejado. Por exemplo, se queres ser reconhecido, pratica o bem.
Categoria: Filosofia
Filosofia 10.º Ano – Kant: Ações por Dever, Ações Conformes ao Dever, Ações Contra o Dever
– A Filosofia Moral Kantiana
• Ações por Dever, Ações Conformes ao Dever, Ações Contra o Dever
– O único motivo que pode dar origem a uma ação moralmente válida é o sentimento puro de respeito pelo dever.
– Ações por Dever, ações que cumprem as regras ou normas morais e que ocorrem por total respeito pela lei moral. Decorrem de uma exigência puramente racional.
– Ações Conformes ao Dever, movidas por inclinações sensíveis, ações que cumprem as regras ou normas morais, mas que ocorrem por interesse ou vantagem pessoal ou qualquer sentimento.
– Ações Contra o Dever, ações imorais, que não cumprem as regras ou normas morais e que surgem sempre por inclinação sensível.
Filosofia 10.º Ano – Kant: Legalidade e Moralidade
– Legalidade:
• Respeito pelas normas legais instituídas na sociedade.
• A obrigatoriedade das normas depende de quem as faz cumprir.
– Moralidade:
• Respeito pelas normas instituídas na sociedade.
• A obrigatoriedade das normas depende da intencionalidade do agente (da sua consciência, das razões que justificam as suas ações).
Filosofia 11.º Ano – Descartes: Objeções ao Fundacionalismo Cartesiano
Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
– O racionalismo de René Descartes
» Objeções ao Fundacionalismo Cartesiano
– Eu penso, ou há pensamento em curso
• Se prestarmos a devida atenção ao cogito, apercebemo-nos de que a sua certeza é momentânea, ou seja, neste momento estou a pensar e existo, mas se deixar de pensar, posso muito bem deixar de existir.
• O cogito dificilmente será verdadeiro, isto é, dificilmente a consciência de que existe pensamento seria suficiente para provar a existência de um único eu.
– Objeções ao dualismo cartesiano
• Falácia do Mascarado, não permite demonstrar a separação mente-corpo.
– Objeções ao Argumento da Marca
• Perfeição de Deus desafia a nossa compreensão.
• Mas porque razão não podemos considerar que duvidar é mais perfeito do que possuir a totalidade do conhecimento?
• O argumento apoia-se no princípio da causalidade e na ideia de que a uma causa deve ter pelo menos tanta realidade e ser tão perfeita quanto os seus efeitos. No entanto, Descartes não tem maneira de saber se estas ideias são verdadeiras.
– O Círculo Cartesiano
• Esta objeção consiste na acusação de que Descartes incorre numa petição de princípio, pois recorre ao seu raciocínio para estabelecer a existência de Deus e recorre a Deus para justificar a confiança nas suas capacidades racionais; contudo, este movimento é circular.
Filosofia 11.º Ano – Descartes: A Existência de Deus
Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
– O racionalismo de René Descartes
» A Existência de Deus
– Tipos de ideias que estão presentes no sujeito:
• Adventícias, têm origem na experiência sensível (ideias de barco, copo, cão);
• Factícias, são fabricadas pela imaginação (ideias de centauro, dragão, sereia);
• Inatas, São ideias constituídas da própria razão (ideias de pensamento, existência, matemáticas). Estas ideias são claras e distintas.
– Entre as ideias inatas que possuímos encontra-se a noção de um ser perfeito, um ser omnisciente, omnipotente e sumamente bom. A ideia de ser perfeito servirá de ponto de partida para a investigação relativa à existência do ser divino.
– Descartes demonstra a existência de Deus mediante três provas:
• A primeira prova, o Argumento Ontológico, parte da constatação de que na ideia de ser perfeito estão compreendidas todas as perfeições. A existência é uma dessas perfeições. Por consequência, Deus existe. O facto de existir é inerente à essência de Deus, de tal modo que este ser não pode ser pensado como não existente. A sua existência apresenta um carácter necessário e eterno.
• A segunda prova, Argumento da Marca Impressa, tem como princípio o ser perfeito. Podemos procurar a causa que faz com que essa ideia se encontre em nós. Tal causa não pode ser sujeito pensante, pois essa ideia representa uma substância infinita. Nesse sentido, o sujeito pensante, sendo finito, não é a causa da realidade objetiva de tal ideia. O nada também não pode ser a sua causa, nem qualquer ser imperfeito. A causa da ideia de Deus não é outro ser senão Deus. Assim, Deus é uma realidade que possui todas as perfeições representadas na ideia de ser perfeito. Em suma, é ele próprio ser perfeito e a causa originada da ideia de perfeição.
• A terceira prova, A Causa da Existência do Ser Pensante, baseia-se no princípio da causalidade. O que agora se procura saber qual é a causa da existência do ser pensante, que é um ser finito, contingente, imperfeito. Essa causa não é o sujeito que pensa, se o fosse, com certeza que ele daria a si próprios as perfeições das quais possui uma ideia. Mas isso não se verifica. Por outro lado, e partindo do princípio de que a criação é uma ação continua, o sujeito finito apercebe-se de que não possui o poder de se conversar no próprio ser. Por isso, o criador do ser imperfeito e finito é Deus, que por sua vez é um ser perfeito e não necessita de ser criado por outro ser. Deus sendo um ser perfeito não é enganador, pelo que nos encontramos libertos da dimensão hiperbólica e mais corrosiva da dúvida. Deus é a garantia da verdade objetiva das ideias claras e distintas, pois ele constitui a garantia de que não nos enganamos. Deus é o princípio do ser e do conhecimento.
Filosofia 11.º Ano – Descartes: Uma Coisa Pensante, Res Cogitans
Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
– O racionalismo de René Descartes
» Uma coisa pensante, Res Cogitans
– A única coisa que sabemos é que existimos enquanto coisa que pensa, ou res cogitans, mas nada sabemos acerca do mundo físico, do mundo da matéria, do mundo das coisas extensas – res extensa.
– O cogito não é suficiente para nos assegurar que temos um corpo, nem que as nossas experiências percetivas são fiáveis.
– Descartes conclui que é essencialmente uma substância pensante, isto é, uma mente ou alma imaterial que existe independentemente do corpo e que é de natureza inteiramente distinta do mesmo.
Filosofia 11.º Ano – Descartes: Cogito (Penso, Logo Existo)
Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
– O racionalismo de René Descartes
» Cogito
– É um princípio evidente e indubitável, uma certeza inabalável.
– Obtém-se por intuição, de modo inteiramente racional e a priori.
– Serve de modelo do conhecimento: fornece o critério de verdade.
– Critério de verdade consiste:
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Filosofia 11.º Ano – Descartes – Razões para Duvidar: A Hipótese do Génio Maligno
– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• O racionalismo de René Descartes
» Génio Maligno, Deus Enganador
-Não podemos saber se existe um Génio Maligno, extremamente poderoso e astuto, que nos pode enganar relativamente a tudo o que pensamos.
– Se não podemos saber se existe um tal Génio Maligno, então a maioria das nossas crenças são falsas ou, ainda que sejam verdadeiras, são-nos apenas por acaso (pois não temos nenhuma justificação para acreditar que não se trata de uma das suas maquinações).
– Se as nossas crenças ou são falsas ou são verdadeiras apenas por acaso, então não temos conhecimento (pois só temos o conhecimento se tivermos crenças verdadeiras justificadas).
– Logo, não temos conhecimento.
Filosofia 11.º Ano – Descartes – Razões para duvidar: Vigília-Sono
– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• O racionalismo de René Descartes
» Vigília-Sono
– Não podemos distinguir por nenhum sinal seguro as experiências que temos durante os sonhos daquelas que temos durante o estado de vigília.
– Se não podemos distinguir por nenhum sinal seguro as experiências que temos durante os sonhos daquelas que temos o estado de vigília, então as crenças que formamos a partir da experiência sensível ou falsas (porque estamos apenas a sonhar) ou, ainda que sejam verdadeiras, são-no apenas por acaso (porque não podemos saber se estamos apenas a sonhar ou não).
– Se as crenças que formamos a partir da experiência sensível ou são falsas ou, ainda que sejam verdadeiras, são-no apenas por acaso, então não podem constituir conhecimento.
– Logo, as crenças que formamos a partir da experiência sensível não podem constituir conhecimento.
Filosofia 11.º Ano – Descartes – Razões para Duvidar: Erros de Raciocínio
– Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
• O racionalismo de René Descartes
» Erros de raciocínio
– Descartes considera que, por muito indubitáveis que as verdades da geometria nos possam parecer, existem tópicos mais complexos acerca dos quais podemos sempre cometer certos erros de raciocínio.
– Descartes volta a aplicar o princípio hiperbólico da dúvida, decide rejeitar mesmo as crenças que têm origem nos raciocínios mais elementares.
– Este argumento pode ser formulado do seguinte modo:
• Podemos cometer erros mesmo nos raciocínios mais simples;
• Se podemos cometer erros mesmo nos raciocínios mais simples, então não podemos justificadamente acreditar em crenças que tenham origem no nosso raciocínio:
• Logo, não podemos justificadamente acreditar em crenças que tenham origem no nosso raciocínio.