– Argumentação e Filosofia
• Argumentação, Verdade e Ser
– Argumentação é fundamental para atividade filosófica, que procura uma visão integrada do real, uma compreensão da realidade no seu todo, do ser, dedicando-se, por isso, à busca da verdade.
– Existem vários discursos sobe a realidade e a cada um deles corresponde uma interpretação do ser ou da realidade que pretende ser verdadeira.
– A filosofia socrático-platónica exigia encontrar a Verdade – única, absoluta e universal, capaz de dizer uma realidade absoluta, perfeita e imutável – e, por isso, criticava fortemente a retórica sofistica, por esta dar espaço ao subjetivismo e ao relativismo.
Boa tarde sou aluna do 11º ano e estou com um pouco de dificuldade em responder a estas duas perguntas será que me poderia ajudar? (Retirei-as de um blog e não possuía as respostas e o blog já não era atualizado desde 2009)
1. Origem, importância e consequências da conceção de «ideia» em René Descartes e em David Hume.
2. Consequências da conceção e da justificação do «princípio de casualidade» em René Descartes e em David Hume.
Boa tarde Catarina, muito obrigado pelo seu contato.
No meu site, tem as respostas para a parte de Descartes e pode encontrar nas publicações “Filosofia 11.º Ano – A Existência de Deus” e “Filosofia 11.º Ano – Objeções ao Fundacionalismo Cartesiano”.
Em relação a David Hume, vou publicar mais tarde as respostas as suas questões.
Tem mais alguma dúvida?
Cumprimentos,
Hugo Patrício
Boa noite!
Na disciplina de filosofia foi nos proposto um trabalho em que temos de relacionar o tema da argumentação,verdade e ser com os diferentes autores, nomeadamente Aristóteles. No entanto sobre este autor não encontro nada acerca deste tema. Será que poderia ajudar?
Boa noite Mariana, Aristóteles tem um papel importante na retórica, diferente de Platão e Sócrates, pois torna-a numa disciplina da filosofia. Para completar o seu trabalho deve relacionar o capítulo “argumentação, verdade e ser” com o capítulo anterior “persuasão e manipulação”.
Para finalizar deixo um esquema da importância de Aristóteles na retórica.
Aristóteles:
– A retórica assume um estatuto diferente daquele que lhe atribuíram Sócrates e Platão.
– A retórica torna-se um saber entre outros, uma disciplina que não faz uso do mesmo tipo de provas que as ciências teóricas.
Assim, a retórica ocupa-se do verosímil e o seu domínio é diferente do domínio moral e do domínio da verdade.
Ao distinguir estes três domínios, Aristóteles pôde libertar a retórica da má reputação que a ligava à sofistica. Com efeito, pode fazer-se um bom ou um mau uso da retórica; não é ela que é moral ou imoral, mas quem a utiliza e a forma como a utiliza.
Bom estudo,
Hugo Patrício
Boa Tarde;
Sou aluna do 11º ano , e a professora propos-nos responder a estas três perguntas :
– Apresente a perspetiva de Gettier em relação à definição clássica do conhecimento.
-Explique a importância da dúvida na perspetiva cartesiana.
-Caracterize o cogito cartesiano
Será que me pode ajudar ?
Obrigada
Boa noite Matilde respondo sucintamente às questões colocadas anteriormente.
– Segundo Gettier, a satisfação cumulativa das três condições (crença, verdade e justificação) não é
suficiente para que estejamos sempre na presença de um conhecimento. É possível que um sujeito acredite num conhecimento
verdadeiro e justificado, mas que o justifique pelas razões erradas. Neste caso não estaríamos na presença de verdadeiro conhecimento.
Gettier utiliza contraexemplos para provar que estas três condições (crença, verdade e justificação) não são suficientes para obter conhecimento.
– A dúvida cartesiana é metódica (é o meio utilizado para descobrir o absolutamente certo, a ferramenta da razão que permite evitar o erro), provisória (o objetivo é encontrar certezas e reconstruir o edifício do saber), universal (nada pode escapar à dúvida) e hiperbólica (a dúvida estende-se, inclusivamente, à existência do mundo físico).
– Como chega Descartes à sua primeira verdade indubitável?
Ao exercer metodicamente a dúvida, Descartes percebe que existem boas razões para duvidar das crenças estabelecidas. A maioria das nossas crenças não é indubitável, pois:
– as informações com origem nos sentidos não merecem confiança, pois os sentidos são enganadores.
– a crença nas verdades racionais (como as matemáticas) pode ser falsa, pois toda a gente se pode enganar.
– todas as crenças que possuímos acerca do mundo físico podem ser falsas (argumento dos sonhos).
O exercício da dúvida faz surgir uma primeira certeza indubitável: a existência do sujeito que duvida. Causa repugnância, diz Descartes, imaginar que quem duvida possa não existir, pois para duvidar é preciso pensar e para pensar é preciso existir: penso, logo existo. Assim, há razões para duvidar de tudo (incluindo da existência do mundo físico), menos do sujeito pensante que tudo pôs em dúvida.
– O cogito (nome por que é conhecida a afirmação «Penso, logo existo») é uma evidência que se impõe ao espírito humano de forma absolutamente clara e distinta. Enquanto verdade primeira e exclusivamente a priori, oferece um ponto de partida seguro para o conhecimento.
Bom estudo,
Hugo Patrício