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História 12.º Ano – Um novo equilíbrio global

Módulo 7 – Crises, embates ideológicos e mutações culturais na primeira metade do século XX
Unidade 1 – As transformações das primeiras décadas do século XX
– Um novo equilíbrio global
A geografia política após a Primeira Guerra Mundial.
A Sociedade das Nações e a nova ordem internacional.
A difícil recuperação económica da Europa.
A dependência em relação aos Estados Unidos.

Filmes – Capitães de Abril

Capitães de Abril
Sinopse: Um retrato da Revolução dos Cravos, que mudou a história portuguesa na década de 70. A realizadora e actriz Maria de Medeiros faz um retrato pessoal e nostálgico dos episódios mais marcantes do 25 de abril.
FICHA TÉCNICA:
Realização:
Maria de Medeiros
Interpretação:
Frédéric Pierrot, Joaquim de Almeida, Joaquim Leitão, Luís Miguel Cintra, Maria de Medeiros, Ricardo Pais, Ruy de Carvalho, Stefano Accorsi

25 de abril – Cronologia (III)

– 13.00 – Militares da GNR, fiéis ao regime, ocupam posições na Rua Nova da Trindade, cercando as forças de Salgueiro Maia que, entretanto haviam tomado o Largo do Carmo. O Brigadeiro Junqueira dos Reis, comandando os militares que lhe permaneceram fiéis, ocupa o Largo de Camões.
– 13.15 – Forças do Regimento de Cavalaria 3 controlam a Ponte Salazar. Uma coluna deste Regimento segue então para Lisboa, para prestar auxílio ao contigente da EPC, que ocupava o Largo do Carmo.
– 13.30 – Um grupo de militares comandados por Jaime Neves ocupa as instalações da Legião Portuguesa (LP), na Penha de França.
– 14.00 – Em face do avanço das forças do Regimento de Cavalaria 3, o contigente que fiel ao regime que cercava o Largo do Carmo bate em retirada.
– 14.30 – Em comunicado transmitido pela rádio, o MFA garante que os lugares-chave que o Movimento previa ocupar estavam já sob o seu controlo e o principais dirigentes do regime presos ou sitiados.
– 15.00 – Perante o impasse vivido no Quartel do Carmo, onde as forças fiéis ao regime não davam sinais de rendição, Salgueiro Maia ordena a sua capitulação em quinze minutos.
– 15.15 – Em face da recusa da rendição dos militares sitiados no Carmo no prazo exigido, tem início o bombardeamento do Quartel, com recurso a armamento ligeiro, interrompido pouco depois
Simultaneamente, tem início a libertação dos militares envolvidos no golpe frustrado de 16 de Março, que se encontravam detidos no Presídio Militar da Trafaria.
– 16.30 – Sitiado no Quartel do Carmo, Marcello Caetano solicita ao General Spínola que ali compareça para lhe entregar o poder. Pedro Feytor Pinto, Director dos Serviços da Informação e Turismo e Nuno Távora, assessor do secretário de Estado da Informação, Pedro Pinto, serão os mediadores entre o Presidente do Conselho e o General.
– 18.00 – Spínola entra no Quartel do Carmo, sob o aplauso dos populares que enchem o largo. Marcello Caetano transmite o poder ao General, pedindo-lhe que evite que este caia na rua.
Forças da EPA entram no Regimento de Lanceiros 2. O Comandante Coronel Pinto Bessa recusa aderir ao Movimento, não sendo acompanhado pelos graduados milicianos e praças sob seu comando, que se colocam à ordens do MFA.
– 18.15 – Oficiais do Regimento de Cavalaria 7 aderem ao MFA.
– 18.40 – A emissão da RTP é interrompida. O locutor Fialho Gouveia lê um comunicado do MFA.
– 19.30 – Marcello Caetano, César Moreira Baptista, Ministro do Interior, Rui Patrício, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Coutinho Lanhoso, adjunto militar do Presidente do Conselho, abandonam o Quartel do Carmo numa viatura Chaimite, sob os apupos da multidão.
– 20.00 – Rendidos o Presidente do Conselho e os principais membros do Governo, é lida, aos microfones do RCP, a Proclamação do MFA.
– 20.30 – O General Spínola chega ao Quartel da Pontinha, onde estava sedeado o Posto de Comando do MFA.
– 21.00 – Da sede da PIDE/DGS, que permanece cercada por populares, são disparados tiros que causam quatro mortes e várias dezenas de feridos.
– 23.30 – Ocorrem incidentes entre populares e a PSP na Avenida dos Aliados e na Praça da Liberdade, de que resultam feridos.

25 de abril – Cronologia (II)

– 4.45 – Através do RCP, é lido um segundo comunicado destinado aos militares em posição de comando, exortando-os, sob ameaça de punição, a não desencadearem operações contra o Movimento.
– 5.00 – O director da PIDE/DGS, Major Silva Pais, estabelece contacto telefónico com Marcello Caetano, dando-lhe conta das movimentações em curso, indicando o Quartel do Carmo, sede da GNR, como lugar de refúgio.
A Companhia de Caçadores 4241 ocupa as antenas do RCP e assume o controlo da Ponte Marechal Carmona, em Vila Franca de Xira.
– 05.50 – A coluna da EPC, comandada por Salgueiro Maia, chega à Baixa de Lisboa, ocupando o Banco de Portugal e a Rádio Marconi.
– 6.00 – Os militares comandados por Salgueiro Maia ocupam o Terreiro do Paço.
Marcello Caetano chega ao Quartel do Carmo.
– 7.00 – Forças da EPA ocupam posições junto ao monumento do Cristo-Rei, em Almada.
Uma força munida de auto-metralhadoras, comandada pelo Tenente-Coronel Ferrand de Almeida defronta-se com a coluna de Salgueiro Maia, que recusa a capitulação. Ferrand de Almeida rende-se.
– 8.30 – Os Ministros da Marinha e do Exército, que se haviam deslocado para os respectivos Ministérios, sitos no Terreiro do Paço, refugiam-se no Regimento de Lanceiros 2, onde começam a preparar a resistência ao golpe.
É emitido um novo comunicado do MFA, desta feita através da EN.
– 10.00 – Militares do Regimento de Cavalaria 7, comandados pelo Brigadeiro Junqueira dos Reis, adjuvados por um contigente de Lanceiros 2, deslocam-se para a Ribeira das Naus. Salgueiro Maia apela ao diálogo, recusado por Junqueira os Reis, que ordena ao Aspirante Sottomayor que abra fogo, ordem que este recusa, no que é acompanhado pelos atiradores dos carros de combate. Fracassada a confrontação, Junqueira dos Reis retira
para a Rua do Arsenal, com alguns dos seus homens.
– 10.30 – As forças do Regimento de Cavalaria 7 que ainda permaneciam na Ribeira das Naus rendem-se ao Major Jaime Neves.
– 11.00 – Salgueiro Maia inicia a marcha para o Quartel do Carmo, sendo vitoriado pela população que, desobedecendo às recomendações do MFA para permanecer em casa, sai à rua em apoio aos militares revoltosos.
O Agrupamento Norte, sob o comando do Capitão Gertrudes da Silva chega ao Forte de Peniche. A PIDE/DGS não mostra intenção de se render.
– Final da manhã – Um grupo de Fuzileiros desloca-se para a Rua António Maria Cardoso com destino à sede da PIDE/DGS. Após conversações com o Comandante Alpoim Calvão, que se encontrava nas instalações da polícia política, regressam ao quartel.

25 de abril – Cronologia (I)

– 0.30 – Os militares do MFA ocupam a Escola Prática de Administração Militar.
– 1.00 – É tomada a Escola Prática de Cavalaria de Santarém, ao mesmo tempo que se inicia a movimentação de tropas em Estremoz, Figueira da Foz, Lamego, Lisboa, Mafra, Tomar, Vendas Novas, Viseu, e outros pontos do país.
– 3.00 – As forças revoltosas, numa acção sincronizada, iniciam a ocupação dos pontos da capital considerados vitais para o sucesso da operação: o Aeroporto de Lisboa, o Rádio Clube Português, a Emissora Nacional, a RTP e a Rádio Marconi. Todos estes alvos serão ocupados sem resistência significativa.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel General da Região Militar do Porto. Mais tarde estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras.
– 3.30 – Os militares do MFA iniciam o cerco ao Quartel-General da Região Militar de Lisboa, em São Sebastião da Pedreira.
– 4.00 – Devido à falta de noticias sobre o controlo do Aeroporto de Lisboa, é adiada a transmissão do primeiro comunicado do Movimento, prevista para esta hora no RCP.
– 4.15 – O regime reagiu, com o ministro da Defesa a ordenar a forças sediadas em Braga para avançarem sobre o Porto, com o objectivo de recuperar o Quartel-General, mas estas forças tinham aderido ao MFA e ignoraram as ordens.
– 4.20 – As forças da Escola Prática de Infantaria de Mafra controlam o aeroporto de Lisboa que é encerrado. O tráfego aéreo é reencaminhado para Madrid e Las Palmas.

História 12º Ano – A difícil recuperação económica da Europa

Módulo 7 – Crises, embates ideológicos e mutações culturais na primeira metade do século XX
Unidade 1 – As transformações das primeiras décadas do século XX
– Um novo equilíbrio global
• A difícil recuperação económica da Europa
Após a I Guerra Mundial, a Europa ficou destruída a nível de infraestruturas, económico e finaceiro;
– Alterações demográficas: elevadas perdas humanas, diminuição da mão de obra, envelhecimento da população;
– Perdas materiais: destruição de casas, fábricas, minas, vias de comunicação, solos agrícolas devastados;
– Inflação galopante: procura excedia a oferta, racionamento dos bens essenciais, preços aumentam de forma abrupta, governos aumentam a circulação monetária;
Agravamento do défice: dependência dos empréstimos estrangeiros, contração de novos empréstimos;
Loucos Anos 20: período de estabilização económica, controlo dos défices e controlo da inflação e levou a um período (curto) de prosperidade;
Dependência em relação aos Estados Unidos: empréstimos, capitais investidos nos estados europeus, progressos técnicos, desenvolvimento industrial.