Unidade 3: O espaço civilizacional grego-latino à beira da mudança
3.1 – O Império universal romano-cristão
– Os Romanos sempre foram tolerantes com todas as religiões do Império.
– Até ao aparecimento do cristianismo, apenas existia uma religião monoteísta, a religião judaica.
– Princípios fundamentais do cristianismo:
• Vida eterna.
• Igualdade.
• Monoteísmo.
• Estes princípios tornaram-se universais e revolucionários.
• Os cristão foram alvos de perseguições sangrentas.
– A difusão do cristianismo no espaço romano:
• Excelente rede de vias de comunicação que ligada os diversos pontos do Império.
• Intensa evangelização por parte dos apóstolos.
• Corajosa resistência dos mártires que, em tempo de perseguição serviam exemplo de fé, heroísmo.
• Ampliação das catacumbas, vastas galerias subterrâneas destinadas ao culto e à inumação de acordo com os princípios cristãos.
– Importância dos Éditos de Milão e de Tessalónica para o triunfo da religião cristã:
• Édito de Milão, em 313 d.C. o imperador Constantino dirige uma carta imperial aos governadores das províncias,na qual ordena que estes concedam liberdade de culto aos cristãos.
• Édito de Tessalónica, promulgado em 380 d.C. pelo imperador Teodósio, no qual ordenou que o cristianismo fosse a religião oficial do Estado Romano.
Categoria: História
Restauração da Independência – 1 de dezembro de 1640
Cronologia: do domínio filipino à Restauração da Independência.
– 1570 – devido à crise do comércio oriental, muitos portugueses defendem a conquista de territórios no norte de África.
– 1578 – Batalha de Alcácer Quibir, Portugal perde a batalha como também perde o seu Rei, D. Sebastião.
– 1578-1580 – Crise política e consequente crise de sucessão ao trono. A coroa é entregue ao Cardeal D. Henrique, mas devido à sua idade avançada e aos problemas de saúde é necessário preparar nova sucessão. Os pretendentes à coroa portuguesa eram, D. António, prior do Crato, Filipe II, rei de Espanha e D. Catarina, Duquesa de Bragança.
– 1580 – Morte do Cardeal D. Henrique, Filipe II enviou tropas para Portugal, a fim de impor os seus direitos ao trono. D. António tentou, sem sucesso, derrotar o monarca espanhol.
– 1581 – Filipe II, é aclamado Rei de Portugal nas Cortes de Tomar. Passa a designar-se Filipe I de Portugal. Tem início a União Ibérica.
– 1598 – Sobe ao trono, Filipe II de Portugal (Filipe III de Espanha).
– 1618-1648 – Espanha envolve-se na Guerra dos 30 anos.
– 1620 – Portugal começa a sentir a crise económica que afecta Espanha.
– 1621 – Sobe ao trono, Filipe III de Portugal (Filipe IV de Espanha).
– 1624-1630 – Ingleses e holandeses conquistam diversos territórios a Oriente e no nordeste do Brasil.
– 1637 – Revolta do Manuelinho, devido ao aumento de imposto, surgem diversos motins por todo o país.
– 1 de dezembro de 1640 – Restauração da Independência e subida ao trono de D. João IV, Duque de Bragança.
Fonte: RTP, consultado a 30 de novembro de 2016
História 11.º Ano – A hegemonia económica britânica: condições de sucesso e arranque industrial
– Revolução Agrícola: conjunto de alterações rápidas no tempo e marcantes na forma de cultivar os campos.
– Foram introduzidas as seguintes inovações na agricultura:
• Sistema de rotação quadrienal de culturas;
• Articulação entre a agricultura e a criação de gado;
• Vedação dos campos comunitários (enclosures);
• Diversas inovações técnicas como a semeadora mecânica, charrua triangular e a primeira máquina debulhadora.
– Crescimento demográfico: o crescimento natural aumentou (a natalidade mantinha-se elevada mas a mortalidade decresceu significativamente) devido aos avanços médicos e a uma melhoria da alimentação.Desta forma, à medida que a população de uma região ou de um país aumenta, estimula-se o consumo e a produção, bem como se disponibiliza mão de obra para as actividades económicas.
– Urbanização: com o crescimento demográfico, a população abandona os campos e ruma à cidade à procura de melhores condições de vida. A este fenómeno dá-se o nome de Êxodo Rural.
– Criação de um mercado nacional: a Inglaterra foi o país que mais cedo se transformou num espaço económico unificado e onde o consumo interno podia expandir-se. Para a criação deste mercado nacional contribuíram os seguintes factores:
• Crescimento demográfico;
• Desenvolvimento dos transportes e vias de comunicação;
• Inexistência de alfândegas internas;
• União da Inglaterra com a Escócia e com a Irlanda.
– Alargamento dos mercados externos: através do comércio triangular e do comércio a oriente.
– Progressos no sistema financeiro: o sistema financeiro favoreceu o sucesso inglês através das seguintes instituições, a Bolsa de Londres e o Banco de Inglaterra.
– Revolução industrial: deu-se na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra e pode ser definida como uma alteração tecnológica na produção acompanhada de rupturas em vários aspectos da vida humana.
– A revolução agrícola foi a grande impulsionadora da revolução industrial, através das alterações tecnológicas inseridas nos sectores do algodão e da metalurgia.
– A máquina a vapor, criada por Newcomen e aperfeiçoada por James Watt, é o símbolo da revolução industrial.
– Outros inventos importantes:
• No sector algodoeiro: Lançadeira volante, fiação, tear mecânico;
• No sector metalúrgico: utilização de carvão de coque, melhoramento do abastecimento de ar quente aos altos fornos e a conversão de gusa em ferro ou aço.
História 11.º Ano – O mercantilismo francês e o mercantilismo inglês
– Mercantilismo: doutrina económica que vigorou nos séculos XVI, XVII e XVIII, segundo a qual a riqueza e o poderio de um país assentavam na quantidade de metais preciosos de que este dispunha.
– Medidas mercantilistas:
• Balança comercial positiva;
• Proteccionismo económico (leis pragmáticas);
• Fomento da produção industrial (manufacturas);
• Regulamentação do comércio externo.
– Mercantilismo francês: implementado por Colbert durante o reinado de Luís XIV. A sua politica económica tinha como base o desenvolvimento das manufacturas como meio de substituir as importações de produtos estrangeiros por produtos franceses e às pautas aduaneiras proteccionistas.
– Características do mercantilismo francês:
• criação de novas indústrias;
• importação de novas técnicas;
• recurso à mão de obra estrangeira;
• criação de manufacturas reais;
• Controlo da actividade industrial;
• Desenvolvimento da frota mercante e da marinha de guerra.
– Mercantilismo inglês: implementado por Cromwell, era um mercantilismo mais flexível que o francês, por exemplo, o sistema fiscal e aduaneiro adaptava-se à conjuntura económica (proteccionista em tempos de crise e livre trânsito em situações de retoma económica).
– Características do mercantilismo inglês:
• Valorização da Marinha e do sector comercial;
• Actos de Navegação;
• Exclusivo colonial;
• Política de expansão comercial;
• Companhias monopolistas.
História 11º Ano – O Terramoto de 1755
Eram 9 horas e 40 minutos da manhã do dia 1.º de Novembro, o dia de Todos-os-Santos, quando um fortíssimo terramoto abalou a cidade, logo seguindo por gigantescas vagas que se ergueram do Tejo varrendo tudo à sua passagem.
Cerca de 10 mil mortos jaziam nos escombros, sendo incontável o número de ferido. Os incêndios destruíram o que restava de pé. Nada se salvou de 55 conventos, 35 igrejas, 33 palácios da nobreza e dos 6 hospitais existentes na cidade. O Paço da Ribeira, com todas as suas riquezas, ficou totalmente arrasado.
No meio do caos e do pânico, só Carvalho e Melo e alguns oficiais da corte enfrentaram a catástrofe. Mandaram sepultar os cadáveres, distribuir mantimentos e executar os salteadores.
Fonte: História Oito, Porto Editora
Documentário: Conta-me História – Terramoto de 1755
Fonte: História De Portugal , RTP
História 11º Ano – Mare Liberum
– O Tratado de Tordesilhas confirmava o monopólio da navegação marítima para Portugal e Espanha – Mare Clausum;
– Hugo Grotius, na sua obra Mare Liberum, de 1609, defendia que não se podiam impedir as nações de efectuarem trocas comerciais entre si e que o mar não podia ser pertença de ninguém;
– As companhias holandesas quebraram definitivamente o monopólio marítimo dos países ibéricos. As suas frotas mercantes, escoltadas por poderosos navios de guerra, passaram a sulcar as rotas oceânicas;
– As companhias holandesas fundaram feitorias, desalojando os portugueses de muitos dos seus pontos estratégicos.
– Durante o século XVII, os holandeses mantiveram a hegemonia dos mares.
História 11º Ano – A Europa dos parlamentos: sociedade e poder político
– Afirmação política da burguesia nas Províncias Unidas, no século XVII:
• Em 1568, sete províncias dos Países Baixos do Norte, movidas por um forte desejo de liberdade politica e religiosa, revoltaram-se contra o domínio espanhol;
• Depois de uma longa guerra para alcançar a independência, em 1581 nascia a República das Províncias Unidas;
• Os espanhóis só reconhecem o novo Estado em 1648;
• Devido à tolerância religiosa, a liberdade e a valorização do Homem, as Províncias Unidas tornaram-se um chamariz para os refugiados europeus, como por exemplo os cristãos-novos portugueses;
• A Holanda tinha tinha uma organização social diferentes dos outros Estados:
→ Mais de metade da população era urbana;
→ A Nobreza era um grupo social reduzido;
→ A Burguesia era a classe mais próspera devido à enorme importância no comércio;
→ Com uma rápida ascensão social, devido ao enriquecimento através do comércio, a Burguesia consolidou a sua posição social através da educação, dos casamentos e dos cargos de Estado.
• A valorização/ascenção social não era através dos privilégios do nascimento mas sim através do:
→ Trabalho;
→ Austeridade;
→ Poupança;
→ Investimento.
• A prosperidade económica da Holanda deveu-se:
→ Incremento das actividades produtivas internas como as manufacturas e a agricultura intensiva e moderna;
→ Incremento do comércio e da banca como o alargamento das rotas marítimas e a criação de companhias de comércio.
• A estrutura político-administrativa era a federação de Estados, bastante descentralizada. Assim, multiplicavam-se os cargos existentes e a oportunidades de participar na governação. Existiam os seguintes orgãos de poder:
→ Cidades, Conselho de Regentes;
→ Províncias, Estados.Provinciais;
→ República das Províncias Unidas, Conselho dos 12, Estados Gerais da República.
História 10º Ano – A identidade civilizacional da Europa ocidental
Introdução à unidade A identidade civilizacional da Europa ocidental.
– Poderes e crenças – Multiplicidade e unidade
• Com a queda do Império Romano do Ocidente, a Europa entrou no período da Idade Média (de 476 à queda do Império Romano do Oriente, em 1453) e durante este período a Europa nunca mais voltou a ter estabilidade política semelhante à do Império Romano;
• O poder dentro de cada Estado estava fragmentado em unidades:
→ Senhorios;
→ Principados;
→ Comunas;
→ Reinos.
• Por outro lado, a Europa também se encontrava fragmentada em três grandes divisões políticas:
→ Monarquias, a oeste;
→ Império, ao centro;
→ Reinos, a leste.
História 11º Ano – Criação do aparelho burocrático do Estado absoluto no século XVII
– Nos séculos XVII e XVIII, os reis portugueses criaram uma nova organização do aparelho do Estado, tendo como base a centralização do poder.
– O regime absolutista fez uma reforma na estrutura administrativa, com a criação de novos órgãos e a redefinição de funções nos órgãos existentes;
– Em Portugal, a reestruturação burocrática ficou dividida da seguinte forma:
• No Século XVII, após o domínio filipino, D. João IV teve a necessidade de reestruturar os órgãos da administração central:
→ Secretário de Estado;
→ Secretarias das Mercês e expediente, da Assinatura;
→ Conselhos: da Guerra, de Estado, da Fazenda, Ultramarino;
→ Junta dos três Estados;
→ Tribunais: do Desembargo do paço, Casa da Suplicação, Relação do Porto, Mesa da Consciência e Ordens.
• No Século XVIII, o absolutismo estava no seu auge e o Rei D. João V remodelou as secretarias criadas por D. João IV e rodeou-se de colaboradores de confiança:
→ Secretários de estado do reino da confiança pessoal do monarca;
→ Reforma das secretarias: Secretaria de Estado dos Negócios Interiores do Reino, Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, Secretaria de estado da Marinha e dos Domínios Ultramarinos;
→ Conselhos, juntas e tribunais, mantêm-se os mesmos.
História 11º Ano – Absolutismo Joanino
– Foi no reinado de D. João V, que o absolutismo em Portugal atingiu o seu ponto alto. Inspirado em Luís XIV, o Rei-Sol, o monarca português realçou a figura do rei, ou seja a sua própria figura, através do luxo, do ouro e diamantes vindos do Brasil, da sua autoridade, nos banquetes e nas festas sumptuosas;
– Por outro lado, D. João V destacou-se com outras “encenações de poder” como:
• Participação militar no combate aos turcos que ameaçavam a Itália;
• Subordinação das Ordens Sociais;
• Apoio às artes, criação da Biblioteca da Universidade de Coimbra;
• Envio de embaixadas ao estrangeiro, no qual se destaca a embaixada enviada ao Papa em 1709;
• Distribuição de moedas de ouro pela população;
• Política de grandes construções, como exemplo temos o Palácio-Convento de Mafra.
– O estilo que predominava na Europa era o Barroco, que tinha como principais características a ostentação e a riqueza. Foi no reinado de D. João V que este estilo chegou a Portugal. O Barroco Joanino, como ficou conhecido, tinha como características:
• influência italiana, Nicolau Nasoni e a “sua” Torre dos Clérigos;
• Talha dourada, azulejo, ourivesaria, mobiliário;
• Decoração: riqueza e abundância dos materiais;
• exuberância visível na escultura, pintura, moda, música.