– 4.45 – Através do RCP, é lido um segundo comunicado destinado aos militares em posição de comando, exortando-os, sob ameaça de punição, a não desencadearem operações contra o Movimento.
– 5.00 – O director da PIDE/DGS, Major Silva Pais, estabelece contacto telefónico com Marcello Caetano, dando-lhe conta das movimentações em curso, indicando o Quartel do Carmo, sede da GNR, como lugar de refúgio.
A Companhia de Caçadores 4241 ocupa as antenas do RCP e assume o controlo da Ponte Marechal Carmona, em Vila Franca de Xira.
– 05.50 – A coluna da EPC, comandada por Salgueiro Maia, chega à Baixa de Lisboa, ocupando o Banco de Portugal e a Rádio Marconi.
– 6.00 – Os militares comandados por Salgueiro Maia ocupam o Terreiro do Paço.
Marcello Caetano chega ao Quartel do Carmo.
– 7.00 – Forças da EPA ocupam posições junto ao monumento do Cristo-Rei, em Almada.
Uma força munida de auto-metralhadoras, comandada pelo Tenente-Coronel Ferrand de Almeida defronta-se com a coluna de Salgueiro Maia, que recusa a capitulação. Ferrand de Almeida rende-se.
– 8.30 – Os Ministros da Marinha e do Exército, que se haviam deslocado para os respectivos Ministérios, sitos no Terreiro do Paço, refugiam-se no Regimento de Lanceiros 2, onde começam a preparar a resistência ao golpe.
É emitido um novo comunicado do MFA, desta feita através da EN.
– 10.00 – Militares do Regimento de Cavalaria 7, comandados pelo Brigadeiro Junqueira dos Reis, adjuvados por um contigente de Lanceiros 2, deslocam-se para a Ribeira das Naus. Salgueiro Maia apela ao diálogo, recusado por Junqueira os Reis, que ordena ao Aspirante Sottomayor que abra fogo, ordem que este recusa, no que é acompanhado pelos atiradores dos carros de combate. Fracassada a confrontação, Junqueira dos Reis retira
para a Rua do Arsenal, com alguns dos seus homens.
– 10.30 – As forças do Regimento de Cavalaria 7 que ainda permaneciam na Ribeira das Naus rendem-se ao Major Jaime Neves.
– 11.00 – Salgueiro Maia inicia a marcha para o Quartel do Carmo, sendo vitoriado pela população que, desobedecendo às recomendações do MFA para permanecer em casa, sai à rua em apoio aos militares revoltosos.
O Agrupamento Norte, sob o comando do Capitão Gertrudes da Silva chega ao Forte de Peniche. A PIDE/DGS não mostra intenção de se render.
– Final da manhã – Um grupo de Fuzileiros desloca-se para a Rua António Maria Cardoso com destino à sede da PIDE/DGS. Após conversações com o Comandante Alpoim Calvão, que se encontrava nas instalações da polícia política, regressam ao quartel.