– 13.00 – Militares da GNR, fiéis ao regime, ocupam posições na Rua Nova da Trindade, cercando as forças de Salgueiro Maia que, entretanto haviam tomado o Largo do Carmo. O Brigadeiro Junqueira dos Reis, comandando os militares que lhe permaneceram fiéis, ocupa o Largo de Camões.
– 13.15 – Forças do Regimento de Cavalaria 3 controlam a Ponte Salazar. Uma coluna deste Regimento segue então para Lisboa, para prestar auxílio ao contigente da EPC, que ocupava o Largo do Carmo.
– 13.30 – Um grupo de militares comandados por Jaime Neves ocupa as instalações da Legião Portuguesa (LP), na Penha de França.
– 14.00 – Em face do avanço das forças do Regimento de Cavalaria 3, o contigente que fiel ao regime que cercava o Largo do Carmo bate em retirada.
– 14.30 – Em comunicado transmitido pela rádio, o MFA garante que os lugares-chave que o Movimento previa ocupar estavam já sob o seu controlo e o principais dirigentes do regime presos ou sitiados.
– 15.00 – Perante o impasse vivido no Quartel do Carmo, onde as forças fiéis ao regime não davam sinais de rendição, Salgueiro Maia ordena a sua capitulação em quinze minutos.
– 15.15 – Em face da recusa da rendição dos militares sitiados no Carmo no prazo exigido, tem início o bombardeamento do Quartel, com recurso a armamento ligeiro, interrompido pouco depois
Simultaneamente, tem início a libertação dos militares envolvidos no golpe frustrado de 16 de Março, que se encontravam detidos no Presídio Militar da Trafaria.
– 16.30 – Sitiado no Quartel do Carmo, Marcello Caetano solicita ao General Spínola que ali compareça para lhe entregar o poder. Pedro Feytor Pinto, Director dos Serviços da Informação e Turismo e Nuno Távora, assessor do secretário de Estado da Informação, Pedro Pinto, serão os mediadores entre o Presidente do Conselho e o General.
– 18.00 – Spínola entra no Quartel do Carmo, sob o aplauso dos populares que enchem o largo. Marcello Caetano transmite o poder ao General, pedindo-lhe que evite que este caia na rua.
Forças da EPA entram no Regimento de Lanceiros 2. O Comandante Coronel Pinto Bessa recusa aderir ao Movimento, não sendo acompanhado pelos graduados milicianos e praças sob seu comando, que se colocam à ordens do MFA.
– 18.15 – Oficiais do Regimento de Cavalaria 7 aderem ao MFA.
– 18.40 – A emissão da RTP é interrompida. O locutor Fialho Gouveia lê um comunicado do MFA.
– 19.30 – Marcello Caetano, César Moreira Baptista, Ministro do Interior, Rui Patrício, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Coutinho Lanhoso, adjunto militar do Presidente do Conselho, abandonam o Quartel do Carmo numa viatura Chaimite, sob os apupos da multidão.
– 20.00 – Rendidos o Presidente do Conselho e os principais membros do Governo, é lida, aos microfones do RCP, a Proclamação do MFA.
– 20.30 – O General Spínola chega ao Quartel da Pontinha, onde estava sedeado o Posto de Comando do MFA.
– 21.00 – Da sede da PIDE/DGS, que permanece cercada por populares, são disparados tiros que causam quatro mortes e várias dezenas de feridos.
– 23.30 – Ocorrem incidentes entre populares e a PSP na Avenida dos Aliados e na Praça da Liberdade, de que resultam feridos.