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Geografia: Litoralização, Bipolarização, AMP e AML

“Padrões de litoralização” acentuam-se

De acordo com o Censos2021, cerca de metade da população residente em Portugal está concentrada em apenas 31 municípios. Os desequilíbrios na distribuição da população pelo território “acentuaram-se”, constata o INE.
“A evolução demográfica da última década ao nível do município permite verificar que os territórios localizados no interior do país perdem população e que os municípios que registam um crescimento populacional se situam predominantemente no litoral”, adianta.
Além disso, segundo os dados, verifica-se “uma concentração” em redor de Lisboa e na região do Algarve.
“Acentuaram-se, desta forma, os padrões de litoralização do país e o movimento de concentração da população junto da capital, fenómenos que se têm vindo a reforçar nas últimas décadas”, refere o INE.
Oleiros, no distrito de Castelo Branco, Alcoutim (Faro) e Almeida (Guarda), são os municípios portugueses com a população mais envelhecida, enquanto Ribeira Grande e Lagoa, nos Açores, e Santa Cruz (Madeira) são os mais jovens.

Infografia: População por concelho (AML e AMP)

Fontes:
RTP, consultado a 3 de julho de 2022.
Pordata, consultado a 3 de julho de 2022.

Censos 2021 e dados de julho de 2022: Imigração e população estrangeira residente em Portugal

Mais residentes estrangeiros
Quanto aos agregados famíliares, um terço dos agregados domésticos em Portugal tem duas pessoas e um quarto dos agregados é de pessoas que residem sozinhas. De acordo com o Censos2021, existem 4.149.668 agregados domésticos privados e 5.476 agregados institucionais.
Destaque também para o aumento considerável de população estrangeira a residir em Portugal: mais 40,6 por cento. As pessoas com nacionalidade estrangeira residentes no país representam agora 5,4 por cento do total da população.
À data da realização do Censos2021, residiam em Portugal 555.299 pessoas de nacionalidade estrangeira, um valor superior aos 3,7% verificados em 2011.
(…)
Quase 700 mil estrangeiros vivem em Portugal e 30% são brasileiros.
A população estrangeira residente em Portugal aumentou em 2021 pelo sexto ano consecutivo, totalizando 698.887 cidadãos, mantendo-se a comunidade brasileira como a mais representativa e a que mais cresceu, revelou esta quinta-feira o SEF.
“Em 2021 verificou-se, assim, pelo sexto ano consecutivo, um acréscimo da população estrangeira residente, com um aumento de 5,6% face a 2020, totalizando 698.887 cidadãos estrangeiros titulares de autorização de residência, valor mais elevado registado pelo SEF, desde o seu surgimento em 1976”, refere o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA), a que Lusa teve acesso.
Segundo o SEF, os brasileiros mantêm-se como a principal comunidade estrangeira residente no país, representando no ano passado 29,8% do total, o valor mais elevado desde 2012. O documento avança que, no final do ano passado, viviam em Portugal 204.694 brasileiros, sendo também a comunidade oriunda do Brasil a que mais cresceu em 2021 (11,3%) face a 2020.
O RIFA precisa que o Reino Unido mantém a posição em relação a 2020 apesar do decréscimo de 9,3%, sendo a segunda nacionalidade estrangeira mais representativa em Portugal. No final de 2020, viviam em Portugal 204.694 brasileiros, seguido dos cidadãos do Reino Unido (41.932), de Cabo Verde (34.093), Itália (30.819), Índia (30.251), Roménia (28.911), Ucrânia (27.195), França (26.719), Angola (25.802) e China (22.782).
O RIFA dá conta que se verificou um aumento de estrangeiros a viver no distrito de Viana do Castelo e, por outro lado, registou-se uma descida em Bragança, frisando que, em termos de áreas de residência, ocorreram subidas em Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo com um aumento de 9,8% em consequência das subidas de Setúbal, Beja e Santarém.

Fontes:
Eco, consultado a 3 de julho de 2022.
RTP, consultado a 3 de julho de 2022.

Notícia e Infografia: Menos nascimentos e mais mortes em 2021 agravam saldo natural negativo da população

Menos nascimentos e mais mortes em 2021 agravam saldo natural negativo da população.

O saldo natural negativo da população portuguesa agravou-se em 2021, com o nascimento de menos bebés (-5,9%) e o aumento do número de mortes (1,2%) revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os resultados mantiveram-se negativos em todas as regiões do país, num ano em que nasceram 79.582 crianças com vida de mães residentes em Portugal. “Este valor traduz um decréscimo de 5,9% (menos 4948 nados vivos) relativamente ao ano anterior”, indicou o INE no documento que acompanha a divulgação das estatísticas vitais da população.
“Do total de nados-vivos, 60,0% nasceram fora do casamento, isto é, eram filhos de pais não casados entre si”, precisou o instituto.
Nasceram 40.762 rapazes e 38.820 raparigas, ou seja, por cada 100 crianças do sexo feminino nasceram cerca de 105 do sexo masculino, de acordo com o INE.
No ano passado, registaram-se 124.802 óbitos de pessoas residentes em território nacional, mais 1,2% (mais 1.444) do que em 2020.
“O aumento do número de óbitos e o decréscimo do número de nados vivos determinaram novamente um forte agravamento do saldo natural, de -38.828 em 2020 para -45.220 em 2021”, lê-se na comunicação do INE.
Em 2021, morreram 191 crianças com menos de um ano, menos 14 do que em 2020, mantendo-se a taxa de mortalidade infantil em 2,4 óbitos por mil nados vivos.
Após a “forte quebra no número de casamentos” celebrados em 2020 (18.902, menos 43,2% do que em 2019), o número de matrimónios no ano passado aumentou para 29.057 (mais 53,7%).
Em cerca de dois terços dos casamentos (66,2%), o casal já possuía residência anterior comum.

Infografia: Menos nascimentos, mais óbitos

Fontes:
Jornal de Notícias, consultado a 2 de agosto de 2022.
Pordata, consultado a 2 de agosto de 2022.

Geografia: O Dia dos Avós e a População Idosa

No dia 26 de julho assinalou-se o Dia dos Avós. O gráfico mostra que quase 1/5 da população portuguesa tem 65 anos ou mais. Mas, mas num olhar a nível regional, as tendências de envelhecimento são ainda mais evidentes: se em 2011 havia 56 dos 308 municípios, onde os jovens superavam o número de idosos, em 2021 eram apenas 3.


Legenda: Gráfico da População Portuguesa (em percentagem, %).

Fonte: Pordata, consultado a 26 de julho de 2022.

Geografia – População: Que futuro tem a raia despovoada?

FIm de Linha – Peças Jornalisticas
Que futuro tem a raia despovoada?
Uma abordagem interessante, sobre o despovoamento e as suas consequências, para as aulas do 10.º ano.

Fonte: Público, consultado a 18 de abril de 2022.

Exame Nacional de Geografia 2021 – 2.ª Fase – União Europeia, cidades sustentáveis

Exame Nacional de Geografia 2021 – 2.ª Fase – Versão 1
Questão 8
8. A União Europeia está a promover várias iniciativas para tornar as cidades mais sustentáveis e eficientes.
Uma cidade, para melhorar o seu nível de eficiência e sustentabilidade, pode apostar em estratégias como:
A – o reforço da mobilidade urbana sustentável;
B – a redução da produção de resíduos urbanos.
Selecione uma das estratégias, A ou B. De acordo com a estratégia selecionada, apresente duas medidas, explicando de que modo contribuem para melhorar a eficiência e a sustentabilidade das cidades.
Correcção: Aqui
Fonte: Iave, consultado a 15 de setembro de 2021

Exame Nacional de Geografia 2021 – 2.ª Fase – AMP, eixos rodoviários, aglomerados urbanos, a rede urbana da região Norte do país, aeroporto Francisco Sá Carneiro, Rede Transeuropeia de Transportes, túnel do Marão

Exame Nacional de Geografia 2021 – 2.ª Fase – Versão 1
Questão 6
6. Na Figura 6, estão representados os principais eixos rodoviários estruturantes e alguns aglomerados urbanos que fazem parte da rede urbana da região Norte do país.

6.1. O sistema urbano da região Norte, observado na Figura 6, caracteriza-se por uma hierarquia cujos níveis mais elevados são
(A) uma aglomeração metropolitana e um número restrito de cidades de equilíbrio regional.
(B) uma aglomeração metropolitana e um número elevado de centros estruturantes municipais.
(C) um elevado número de cidades de equilíbrio regional e de centros estruturantes sub-regionais.
(D) um elevado número de cidades regionais e de centros estruturantes municipais.
6.2. Na região Norte, o contraste entre o litoral e o interior na distribuição dos centros urbanos, observado na Figura 6, explica-se, entre outros fatores,
(A) pelo processo de expansão das cidades no litoral e pela elevada dispersão da população no interior.
(B) pela maior concentração de atividades económicas no litoral e pela perda de população no interior.
(C) pelo elevado fluxo de movimentos pendulares no litoral e pelo menor número de cidades no interior.
(D) pela proximidade de portos e aeroportos no litoral e pelo êxodo populacional para as cidades do interior.
6.3. O aumento da área de influência das cidades localizadas na NUTS III Terras de Trás-os-Montes depende de estratégias como
(A) a criação de fileiras de produtos exógenos, que promovam a internacionalização da região.
(B) a abertura de centros de saúde e medicina familiar, que respondam às necessidades da população.
(C) a aposta no comércio de proximidade, que permita gerar emprego diversificado.
(D) a fixação de centros de investigação, que potenciem a criação de empresas inovadoras.
6.4. Identifique as duas afirmações verdadeiras, que podem ser comprovadas através da análise da Figura 6.
I.  O viaduto sobre o rio Marão é o menos extenso e o mais alto da região Norte.
II. A via A4 é o principal eixo transversal da região Norte, contribuindo para atenuar as assimetrias regionais.
III. A construção do túnel do Marão permitiu atenuar a distância-tempo entre Vila Real e Bragança.
IV. A rede viária estruturante liga todas as capitais de distrito da região Norte.
V. A via correspondente ao túnel do Marão está construída à mesma cota de altitude em toda a sua extensão.
6.5. O aeroporto Francisco Sá Carneiro, assinalado na Figura 6, constitui
(A) um interface, por possibilitar o transbordo de passageiros do modo aéreo para os modos rodoviário e ferroviário.
(B) uma plataforma multimodal, por ser uma área exclusiva dos operadores aéreos de transporte de mercadorias.
(C) uma placa giratória, por ser um espaço de informação ao passageiro articulado com os terminais de cruzeiros.
(D) um nó, por estar diretamente ligado aos terminais de transporte rodoviário e fluvial de passageiros para a cidade do Porto.
6.6. A integração do eixo longitudinal A3, representado na Figura 6, na Rede Transeuropeia de Transportes permite
(A) reduzir o transporte de mercadorias e de passageiros por modo rodoviário.
(B) ser uma alternativa no transporte de passageiros para a Europa Central, a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
(C) aumentar o hinterland do porto marítimo de Leixões, no transporte de mercadorias destinadas ao mercado europeu.
(D) incrementar a interação entre as cidades do interior da região Norte.
6.7. Explique a importância da construção do túnel do Marão, referindo dois efeitos no aumento da segurança rodoviária.
Correcção: Aqui
Fonte: Iave, consultado a 15 de setembro de 2021

Exame Nacional de Geografia 2021 – 2.ª Fase – População, Crescimento Demográfico, Crescimento Efetivo, Saldo Migratório, Taxa de Natalidade, Taxa de Mortalidade, Emigração, Imigração

Exame Nacional de Geografia 2021 – 2.ª Fase – Versão 1
Questão 1
1. As flutuações da população residente nos últimos anos resultam do comportamento das variáveis demográficas e das políticas económicas e sociais.
A Figura 1A representa o crescimento demográfico, em Portugal, por NUTS II, em 2019, e a Figura 1B representa o saldo migratório, em Portugal, no período de 2009 a 2019.

1.1. Identifique as duas afirmações verdadeiras, recorrendo à análise das Figuras 1A e 1B.
I.  Na A. M. Lisboa, o crescimento demográfico refletiu o elevado número de imigrantes, relativamente
ao número de emigrantes, e um número de nascimentos superior ao número de óbitos.
II. Em 2019, o valor do crescimento efetivo registado na R. A. Açores corresponde à diferença entre o saldo natural e o saldo migratório.
III. Em 2019, as NUTS II Alentejo e Algarve foram as que menos contribuíram para o crescimento demográfico do país.
IV. O valor do saldo migratório diminuiu entre 2009 e 2012, porque a emigração permanente foi sempre superior à imigração permanente.
V. Os anos que registaram um saldo migratório mais baixo foram 2015 e 2016.
1.2. A região da NUTS II que registou uma mortalidade inferior à natalidade, de acordo com a Figura 1A, foi
(A) R. A. Madeira.
(B) Centro.
(C) Algarve.
(D) A. M. Lisboa.
1.3. O crescimento demográfico por NUTS II, observado na Figura 1A, reflete-se no território nacional, por
(A) acentuar a polarização demográfica.
(B) atenuar a metropolização.
(C) acentuar a dispersão demográfica.
(D) atenuar a litoralização.
1.4. De acordo com a Figura 1B, os valores do saldo migratório registados entre 2011 e 2016 permitem inferir que ocorreu
(A) um decréscimo do índice de dependência total.
(B) um crescimento efetivo negativo da população.
(C) uma subida significativa do êxodo rural.
(D) uma diminuição da população ativa nacional.
1.5. As migrações influenciam diretamente o dinamismo empresarial de Portugal.
Considere os seguintes cenários:
A – aumento da imigração com reduzida qualificação e aumento da emigração qualificada;
B – aumento da imigração qualificada e redução da emigração qualificada.
Selecione um dos cenários, A ou B. Apresente duas consequências que o cenário escolhido terá no dinamismo empresarial do país, justificando a sua resposta.
Correcção: Aqui
Fonte: Iave, consultado a 15 de setembro de 2021

Exame Nacional de Geografia 2021 – 1.ª Fase – Fixação da População, Envelhecimento Demográfico

Exame Nacional de Geografia 2021 – 1.ª Fase – Versão 1
Questão 8
6. A existência do Instituto Politécnico da Guarda, identificado na Figura 4, pode constituir um importante agente de desenvolvimento.
Justifique, referindo dois aspetos, como a fixação de unidades de ensino superior contribui para o desenvolvimento dos territórios onde se inserem.
7. O envelhecimento demográfico do interior do país pode ser contrariado através de medidas como
(A) a redução do custo de portagens aplicadas aos veículos de transporte coletivo de passageiros.
(B) a aposta nos serviços de apoio geriátrico, para melhorar a qualidade de vida dos idosos.
(C) a atribuição de subsídios a empresas que assegurem o emprego qualificado de longa duração.
(D) a criação de postos de trabalho sazonal, que atraiam a população jovem ativa emigrante.
Correcção: Aqui
Fonte: Iave, consultado a 15 de setembro de 2021.

Exame Nacional de Geografia 2021 – 1.ª Fase – Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), Requalificação, Renovação, Reabilitação, Malha Urbana, Plantas Urbanas

Exame Nacional de Geografia 2021 – 1.ª Fase – Versão 1
Questão 5
5. O município da Guarda estabeleceu as Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), com uma área total de 252,36 ha. A intervenção urbana abrange a requalificação de arruamentos, iluminação pública, infraestruturas subterrâneas, habitação, zonas verdes e edifícios públicos.
Na Figura 4, está representada a proposta de delimitação da ARU, na cidade da Guarda e área envolvente, no período de 2015-2025.

5.1. O Hospital Sousa Martins localiza-se, de acordo com a Figura 4,
(A) no limite da ARU, na proximidade de bons acessos rodoviários.
(B) no limite do centro histórico, com elevada densidade de construção.
(C) na cintura externa à ARU, com vastos espaços verdes.
(D) na cintura interna da ARU, na proximidade de edifícios históricos.
5.2. De acordo com a Figura 4, a morfologia urbana representada na área assinalada pela letra A apresenta características de
(A) apenas um tipo de malha urbana: ortogonal.
(B) dois tipos de malha urbana: irregular e ortogonal.
(C) apenas um tipo de malha urbana: semirradioconcêntrica.
(D) dois tipos de malha urbana: irregular e semirradioconcêntrica.
5.3. As intervenções urbanas definidas na ARU visam, entre outros objetivos,
(A) qualificar o espaço público, aumentando a área de estacionamento.
(B) criar novos acessos rodoviários, fomentando os movimentos pendulares.
(C) valorizar o património histórico, atraindo o turismo de massas.
(D) melhorar as condições de habitabilidade, fixando a população residente.
Correcção: Aqui
Fonte: Iave, consultado a 15 de setembro de 2021.